Veja como identificar a alergia a animais de estimação

Portal Edicase






Neste 8 de julho, Dia Mundial da Alergia, é importante refletir sobre os cuidados na convivência entre humanos e animais de estimação — especialmente em casos de alergias. Segundo uma pesquisa da Petlove/Quaest, 94% dos brasileiros já tiveram um pet, e 72% possuem um animal de estimação atualmente, o que evidencia os laços estreitos entre o ser humano e seus companheiros animais.
De acordo com um novo levantamento feito Petlove, 46% dos tutores sofrem de rinite em decorrência do contato com seus pets. Entre os principais sintomas estão espirros (33%), coceira no nariz (27%) e coceira nos olhos (25%). Além disso, 26% dos entrevistados relataram já ter procurado atendimento médico por causa da condição. No entanto, isso está longe de significar o fim da relação: 94% afirmam que nunca doariam o pet nem restringiriam a convivência com ele por conta da alergia.
Quais são os sintomas da alergia a animais de estimação?
A médica alergista e imunologista Dra. Brianna Nicoletti explica que a alergia a animais é causada por uma reação do sistema imunológico a proteínas advindas dos pets. Ao entrar em contato com esses alérgenos , o organismo os reconhece como uma “ameaça” e entra em uma reação inflamatória, liberando substâncias como a histamina.
A partir desse contato, surgem os sintomas típicos da alergia a animais, “como espirros, nariz entupido ou escorrendo, coceira nos olhos e na garganta, irritações e dermatite na pele, tosse, falta de ar e, em casos mais sensíveis, até crises de asma”, explica a especialista..
Qual o tratamento para alergia a animais de estimação?
A alergista Dra. Brianna Nicoletti afirma que o tratamento contra a alergia pode envolver diversos cuidados, como a lavagem nasal diária, que ajuda a limpar e hidratar a mucosa. “Pode-se fazer tratamento com sprays nasais e/ou antialérgicos de segunda geração, seguros para serem utilizados de maneira prolongada, desde que exista acompanhamento médico”, explica a médica.
A médica também recomenda avaliar, com um especialista, a possibilidade de iniciar a imunoterapia. “A alergia não precisa ser o fim de uma relação de afeto. Nosso corpo pode ‘reaprender’ a conviver com o que antes parecia um gatilho, e é isso que tratamentos como a imunoterapia proporcionam: a chance de viver com menos sintomas e mais liberdade. Com os avanços da medicina, é possível escolher o amor, sem abrir mão da saúde”, ressalta.

Entender os gatilhos das crises alérgicas é importante
Segundo o médico-veterinário da Petlove, Pedro Risolia, nem sempre as alergias vêm dos pets, já que os gatilhos das crises podem surgir de tapetes, carpetes e até do ar-condicionado, necessitando um olhar profissional para concluir a causa dos sintomas.
“O pelo em si não é o maior motivo para desencadear as crises, elas acontecem por fatores como caspa, restos de urina e saliva que muitas vezes podem estar no corpo do animal. Banhos, no caso de cães, podem auxiliar na diminuição desses agentes alérgicos. Os felinos podem ser escovados, de preferência em ambientes ventilados, de modo que não fiquem resíduos e amenizem os problemas causados”, pontua.
O veterinário também afirma que a limpeza regular do ambiente é importante, assim como a higiene no local onde o pet realiza as necessidades, seja na caixa de areia ou no tapete higiênico, tornando o espaço menos propício às alergias.
Cuidados com a saúde do pet
Segundo o veterinário Pedro Risolia, é válido checar a ração do pet com um profissional , a fim de entender se ela é adequada e possui toda a nutrição que o animal necessita. Assim, a tendência é que a pelagem e a pele se mantenham saudáveis. “Ir ao veterinário com regularidade também é fundamental para entender se o animal está bem e se possui alguma condição de saúde que o faça ter descamações em excesso”, recomenda.
Por Gustavo Mattos


