Nhoque da Fortuna: todo dia 29 é dia de saborear o prato

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Todo dia 29 é dia de comer nhoque. Pelo menos é o que manda a tradição, nascida entre os imigrantes italianos que vieram ao Brasil e a outros países da América do Sul, no início do século 20.
A tradição teria surgido a partir da lenda que narra a história do santo católico São Pantaleão. Em uma noite de 29 de dezembro, em peregrinação pelo norte da Itália, ele passou por um modesto vilarejo. Uma família, mesmo tendo pouco, ofereceu-lhe comida, mas nos pratos só havia sete nhoques para cada pessoa. O santo comeu e partiu e, ao recolher os pratos, a família encontrou moedas de ouro sob eles.
A crença fortaleceu-se entre brasileiros e argentinos, tornando o hábito de comer nhoque fresco no dia 29 de cada mês mais um testemunho da influência cultural dos imigrantes italianos na região. Em 2024, por ser um ano bissexto, a prática poderá ser estendida aos 12 meses do ano.
A receita do nhoque varia de acordo com a região e os costumes locais mas, em sua versão mais comum, na Itália e no Brasil, é feita à base de batata. De preferência com batatas maduras, conforme aponta o ditado italiano "gnocchi si fanno con le patate vecchie".
As origens do prato remontam ao império romano. Uma antiga receita romana consiste em uma massa, semelhante a um mingau de sêmola, misturada com ovos. A batata, por ter origem no continente americano, só passou a ser usada após sua introdução no continente europeu, no final do século 16.
Recomenda-se que o nhoque seja consumido fresco e os molhos mais populares são o sugo, o bolonhesa e o branco. E de preferência, que seja o prato de todo o dia 29.



