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Resumão da Semana: Escangalhopança (ou Um Bonde Chamado Do Tigrão)
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Resumão da Semana: Escangalhopança (ou Um Bonde Chamado Do Tigrão)

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33giga
22/08/2025 15h43
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©Reprodução / South Park
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Dizem que todo mundo que escreve tem o temor da página em branco. Não é o meu caso, dado que, quando ela fica preenchida, dá muito mais medo do que saiu – principalmente quando estou ainda aqui em cima e nunca sei o que vai ter até lá em baixo.

(Provavelmente, alguma citação esculhambando Bolsonaro, signos, horóscopo e Neymar. Ou qualquer coisa – aí já mais de mesa e tem também perulona e a tardia de Caxias – ligada ao desenho do Rambo, Jorge Ben, lico de cair pinto e, como deu para perceber, Feira da Fruta ou Choque da Uva.) 

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Pensava nisso porque, basicamente, tinha esquecido de escrever a newsletter/coluna da semana e vi a página em branco. Daí, rapidamente lembrei que por esses dias também me pediram para redigir uma cartinha em homenagem a uma pessoa, eu esqueci do prazo e, em cima da hora, vi a página em branco.

Saiu uma parada que poderia também ser uma ofensa a essa pessoa ou a quem se sentir ofendido. (Se aconteceu, peço desculpas a quem se sentiu ofendido. Quem me conhece sabe.)

Nem reli e mandei.

 

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Mas lembro que escrevi algo que era um cruzamento de O Homem da Gravata Florida com uma história da revista em quadrinhos do Trapalhões. Mais especificamente, a chamada Os Cobras da Cobrança. Nela, Didi, Dedé, Mussum e Zacarias são obrigados a cobrar um cidadão chamado Chico K. Loteiro. Além do nome suy generis, o caboclo era uma mistura de Paulo Cintura com aquele fortão da Praça é Nossa que espancava o Canarinho depois de fazer várias caretas de mal.

 

Não sei se ficou boa a homenagem, mas a pessoa que pediu enviou um Zap Zap dizendo que “chorou aqui”. Não estendi o assunto porque abaixo da mensagem dela havia uma parte da tela em branco e fico confortável com isso.

 

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Mas depois me peguei pensando em porque alguém choraria com umas linhas muito das más traçadas falando de alguém. Talvez tenha sido a correlação que fiz lá – e agora, vai aqui – com a obsessão que minha irmã mais nova teve certa feita.

Um belo dia, cheguei em casa e ela me disse seriamente: “Sérgio, você já percebeu que todas as pessoas parecem ratos?”. Na hora, pensei em contemporizar com algo como “a humanidade vai mal, mas veja bem”.

 

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(Isso faz muitos e muitos anos. Ainda não tinham emergido das sombras Bolsonaro e sua trupe. 

Trump era só um cara que não era laranja. E a maior barbaridade política da época era o Alckmin mandar bater em aluno e em professor – com suas surras pedagógicas – e o Maluf fazer uma ponte gigante entre a casa e o trabalho dele para facilitar a movimentação. 

Logo, eu era inocente e mandaria o “veja bem”. Hoje, se eu falasse o que penso a respeito, ofenderia até quem não se sentisse ofendido.)

 

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Entretanto, ela foi mais rápida do que qualquer coisa que eu pensasse e emendou: “fisicamente falando”.

– Cuma?

– Repara.

– Como assim? Todo mundo parece o Mickey Mouse?

– O Mickey Mouse não parece rato, você sabe. Nem ele, nem o Jerry. Eles parecem mais humanos mesmo. Tô falando de rato de verdade, esses ratos de enchente.

– Rato real.

– Isso, rato real. Repara em todos os rostos humanos. As orelhas, os olhos, o nariz. Tudo tem formato meio ratudo.

– Será?

– Confia.

– Até eu?

– Principalmente. Mas isso porque você tá aqui pertinho e vejo melhor. Mas o pai, a mãe, o Axl Rose e o Woody Harrelson e o José Wilker. Ratos.

– O pai não parece rato.

– Rato maranhense. Conheço bem.

– E que exemplos estranhos.

– É que acho todos lindos, Axl, Woody Harrelson.

– Mas eles parecem ratos, éca.

– Sim, mas estão mais para o Topo Giggio.

– Que, como falamos AGORINHA, ao lado de Jerry e Mickey, são mais humanizados.

– Isso.

– Então, se esses ratos parecem mais humanos e todos os humanos parecem ratos, eles parecem mais ratos que os próprios ratos?

– Acho que é isso. Tirando o José Wilker. Além de charme, ele tem classe.

 

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E acho que, por hoje, é quase isso.

 

EU

 

Queria falar um pouco ainda sobre o Mel Gibson. Mas acho que não vai dar.

 

 

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O homem, a despeito de ter opiniões extremamente imbecis – ou talvez exatamente por isso, tentando provar seu ponto da forma errada –, faz filmes excelentes.

Um belo exemplo é Apocalypto, que revi recentemente. O filme – falado na língua Maia, para dar mais realismo – mostra o começo dos últimos dias desse império, quase que literalmente.

(Na verdade, não sei se cabe o literalmente aqui. 

Mas não estou a fim de checar e creio que o quase já resolve e mata o literalmente ou dá sentido à frase.  De qualquer forma, não sou a ABL e não vou consultar o Pasquale. 

Já o fiz uma vez e ele foi muito simpático, diga-se. Explicou o diminutivo de moto, sendo as opções motinho ou motinha e uma delas está errada e sei lá eu qual é mesmo.

Mas como eu nem lembrava que tinha que escrever essa newsletter/coluna, então vamo que vamo que o samba não pode parar e tudo mais.)

O fato é que Apocalypto tem final incrível e eu poderia falar bem mais sobre ele. Mas as observações do rapaz abaixo já me servem bem. Isso porque claramente ou ele, ou eu, ou o Mel ou todos não entendemos nada de nada.

 

APOCA

Em tempo: a continuação tá em qualquer livro de história

 

Semana que vem, se eu lembrar, volto para falar de pessoas que têm ódios aleatórios, como a cegonheiros, Sabinas Simonatos, taxistas e comidas com coisas empelotadas no meio de outras mais fofas (tipo sorvete de flocos).

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