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Resumão da Semana: Papa Costinha
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Resumão da Semana: Papa Costinha

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33giga
16/05/2025 11h20
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©Reprodução / Internet ou Coisa Parecida
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Eu havia escrito esta coluna como um manifesto.

O ponto central era em defesa de Carrinho de Mão ser adotada como o Hino Nacional Brasileiro. Entre argumentos irrefutáveis, explicava também porque Fogo na Bomba deveria se tornar o Hino à Bandeira. Atoladinha, o da Independência.

O irretocável hino de São Bernardo, que discorre lindamente sobre os contrafortes da Serra do Mar, poderia ser substituído pelo do Santos. O qual, por sua vez, deveria ser regravado somente na versão instrumental tocada por uma buzina de kombi (talvez com Neymar fazendo efeitos sonoros diversos com a boca, mas sem ter que carregar instrumentos, para não se machucar).

Ao fim de toda essa revolução hinística, a ideia seria trocar a inscrição da bandeira – Ordem e Progresso – por Brasil com Irrigração.

Tudo isso daria um ar de modernidade, despojamento e vanguarda aos hinos – o que é, exatamente, tudo o que os próprios hinos não desejam. Mas a gente não está aqui para agradar nem o senhor Hino, nem o senhor Joaquim Osório Duque Estrada, nem o senhor Olavo Bilac, nem o senhor Dom Pedro I, nem o senhor Tony Garrido e nem ninguém.

Imagine que coisa sublime, durante um jogo da seleção, subir a bandeira do Brasil ao som de Morango do Nordeste. Todo mundo com, em vez de mão no peito, fazendo a dancinha do Cerol da Mão. E o Neymar ao lado, solando com a boca – algo nível Scatman John.

Mas daí o papa morreu, pintou outro e eu – vítima da moda – tive que reescrever a newsletter inteira. A contragosto, claro.

 

LAGOSTA

 

Isso porque fiquei aqui pensando em como há poucos assuntos mais chatos do que morte de papa, reeleição de papa, conclave de papa, fumaça branca de papa e até meme de morte e de reeleição e de conclave de papa (sendo que eu até simpatizava com o Chicão).

Talvez o único assunto mais entediante do que esse – tirando todos os outros debatidos exaustivamente no Twitter – seja mesmo qualquer coisa ligada à família real britânica. Sendo que, nesse mundão de meu Deus, há muita coisa boa para se falar.

Por exemplo, esta senhora que foi esfaqueada por um morcego na sala de casa e conseguiu pausá-lo usando um controle remoto. No final das contas, ela ainda teve que pedir empréstimo no banco.

Ou este rapaz que largou um carro velho para vender em uma concessionária baiana que fica dentro de um hotel (estranho). Sem interessados, voltou para buscar uns dias depois e encontrou um morto muito louco no porta-malas (a tese da polícia é que o defunto resolveu entrar para beber gasolina e deu no que deu).

Mas não. Vamos falar de papa. Vai chato, fala do papa. Faz trocadilho com papa, com fumaça, com pedofilia. Manda a GloboNews inteira para o Vaticano e aproveita para incomodar a coitada da moça lá – que parece o Batman, tem medo de controle remoto e que fica nos telhado tudo de butuca no papa.

Entretanto, há três exceções a respeito do assunto papa que valem a menção. A primeira é em relação ao Leão XIII. Que, como era o Costinha, não deixa de ser excelente e é bom por si só. (Sou meio suspeito para falar dele, dado que era tio-avô da Camila.)

 

COSTINHA
– MMMMMMMmmmmaaaaaaaAAAAAoooowwwll
– Fiz meu melhor para transcrever o barulhinho do Costinha quando via o microfone fálico

(As legendas estranhas acima são um oferecimento de Juliano Barreto, embaixador e pauteiro desta newsletter.)

A segunda exceção é a cena do Vaticano em Eurotrip. A terceira é o fato do irmão do novo papa dar mais pitaco sobre tudo do que Dona Canô em seu auge como pitaqueira oficial do Brasil.

Em pouco mais de uma semana de papado, o homem – também conhecido como Louis Prevost  – já discorreu sobre o time do papa, sobre como o Costinha brincava com armas quando era moleque, a situação do Peru, falou sobre futebol, divagou sobre a temperatura, comentou os problemas do Irã e o tiro que levou o Reagan. Também deu tempo de xingar uma deputada norte-americana e falar sobre a família real britânica.

Não sei as impressões dele sobre supino, ainda. Mas, em breve, Louis deve aparecer para dar algum pitaco aleatório a respeito. Ou sobre Santos Dumont. Ou sobre Carrinho de Mão como Hino Nacional Brasileiro.

O homem é um declamador fanático.

 

CIRURGIAO

 

E nessa de entra papa, sai papa, entra assunto chato, sai assunto chato e a gente tentando desviar de tudo e focar no que realmente importa –

“será que a frase Se a gente não pode fazer nada, a gente avacalha’ ficaria legal na bandeira do Brasil?” 

–, fiquei sabendo que o finado Papa Chicão canonizou mais de 800 ex-paguás (ex porque, uma vez canonizados, viram santos) durante seu mandato.

O homem era um canonizador fanático. 

Antigamente, para canonizar alguém, tinha que provar uns três milagres, pintava o advogado do Diabo (grandes merda que tu é adevogado) e a coisa era protelada até o limite extremo da exaustão. Agora, em uma canetada, já dá para santificar meia dúzia.

Meu primo Fábio tinha a teoria, há alguns anos, de que em breve teríamos santos mais modernos, já que profissões como carpinteiros, marceneiros, pescadores e coletores de impostos do Império Romano estão meio que em baixa entre a turminha canonizável.

Com isso, ainda de acordo com ele, em breve haveria santo skatista ou santo decorador de interiores ou santo influencer ou santo jogador de GTA ou santo Charli xcx. A rigor, nada mudaria a princípio. Mas representações deles – como quadros, esculturas e dancinhas no Tik Tok – ficariam mais divertidas.

Apareceria uma escultura de santo skatista dando uma benzida no meio de um half. Ou quadro de um decorador de interiores curando uma pessoa com hanseníase e indicando a melhor cortina para a sala de estar.

Pintaria postagem no Instagram de um santo influencer convertendo um ateu e já o fazendo jogar no tigrinho. Ou uma tatuagem do santo Charli xcx transformando água do Rio Jordão em água da banheira do Gugu com a Luiza Ambiel dentro, com o supremo, com tudo.

O fato é que meu primo chegou a defender que, em breve, teríamos o Santo Chorão. Talvez o milagre dele tenha sido ter fazido (perdoe o português castiço) música ruim e todos acreditarem que era boa. Tudo isso, em cima de um skate – como só os loucos sabem.

 

RAFAEL_FRITZEN

Esse menino manja

Eu concordo que passou mesmo da hora das instituições cafonas se modernizarem. Além de hinos e de santos, que mereciam nova roupagem, creio que talentos mirins também deviam apostar em vertentes nunca dantes exploradas.

Por anos, vimos e vemos crianças cantando muito mal (exceção ao Menino de Galopeira do Raul Gil e aos Dois Filhos do Recluso Lá). Ou pregando em cultos evangélicos (agora, surgiu o movimento talento mirim coach pastor e isso não é, exatamente, o que podemos chamar de avanço).

 

MENINO_PASTOR

Como explicar essa chamada a um gringo? Ou mesmo a um brasileiro?

Há aquelas que ganham concursos de soletrar, de fazer contas de cabeça, de declamar de cor e salteado as capitais brasileiras, de cozinhar. Enfim, são umas chatas fanáticas (mas ainda perdem para os pais).

Uma ideia de modernização seria explorar crianças a, simplesmente, fazer o que sabem de melhor: serem bobas (trabalhar em tecelagem no Brás ou em carvoarias fica de opção). Com isso, cenas como as descritas abaixo seriam comuns.

– Meu filho é um talento mirim, consegue se lambuzar inteiro tomando um mísero sorvete de palito, não acerta a boca nunca. Certa feita, mirou a boca e acertou o joelho.

– Nossa, e o Joãozinho? Agora cismou que vai passar um ano bebendo água de piscina. O problema é que não temos piscina e ele improvisa em poças de água.

– E você deixa?
– Ué, como vou impedir dele formar poças no chão da sala?

– Dele? Da sala?

– Sim, o Joãozinho vive brincando com mangueira dentro de casa.

– E você não poderia impedir?

– Como?

– Tirar a mangueira dele?

– Como?

– Ah, deixa para lá.

– Pode falar.

– Ele canta? Faz supino? Gosta do papa? Já ouviu Carrinho de Mão? Já pensou em ser pastor?

– Não, mas molha a sala como ninguém.

– …

– Graças a Deus, seca na sequência, na base da lambida. Só nos cantinhos que tem mais dificuldade, porque a língua não alcança. Mas aí eu mesmo resolvo.

– Com a língua?

– Tá doido?

– Ufa.

– Uso canudinho. Reciclável.

E, no final das contas, comecei tudo isso porque queria falar de Sady Baby, da Antonella e de como ex-BBBs podem ser ótimos atores Carrinho de Mão. Só que vai ter que ficar para semana que vem, já que os destaques da semana do 33Giga pedem passagem.

BANDEIRA

Arte sobre tela com irrigração

 

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  • O que a astrologia revela sobre o mapa astral de Papa Leão XIV? (astrologia e papa! o que mais falta aqui para virar um manicômio completo? A opinião do Luciano Huck ou do Mauro Cesar sobre o assunto?)

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