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'Alô, eu preciso de uma dipirona': mulher pede ajuda à policial em código; veja o caso
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'Alô, eu preciso de uma dipirona': mulher pede ajuda à policial em código; veja o caso

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Anamaria
06/08/2025 20h00
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Uma ligação com um pedido aparentemente banal foi a chave para salvar uma mulher em situação de violência doméstica, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. A vítima ligou para o 190 e usou um código discreto: pediu por “dipirona”, como se estivesse buscando um remédio. Do outro lado da linha, a equipe da Polícia Militar entendeu que aquilo era um pedido de socorro.

O caso ocorreu em meio às ações do Agosto Lilás, campanha nacional de combate à violência contra a mulher, e mostra como a criatividade e a sensibilidade dos agentes podem ser decisivas para proteger vítimas em risco.

Pedido de socorro disfarçado

A mulher telefonou ao Centro de Operações da Polícia Militar (COPOM) com uma fala curta, mas cheia de significado: “Alô… eu preciso de uma dipirona.” Apesar da aparência inofensiva, a frase foi suficiente para acionar o protocolo dos policiais, que perceberam o disfarce.

O atendente manteve a calma e passou a usar também códigos para preservar a segurança da vítima. Com perguntas adaptadas, ele conseguiu confirmar que se tratava de um caso de agressão e obteve informações importantes para a equipe de patrulha que já se deslocava ao endereço.

Conversa codificada evitou agravamento da violência

Durante a chamada, o policial usou termos médicos como metáfora para avaliar a gravidade da situação. Quando perguntou qual era a “intensidade da agressividade”, sugerindo uma resposta em miligramas, a mulher respondeu “30”, sinalizando alto risco.

A estratégia foi eficaz: os policiais chegaram rapidamente ao local. O agressor foi preso em flagrante e a vítima foi encontrada sem ferimentos graves. Dias depois, ela voltou a entrar em contato com a corporação para agradecer o atendimento e confirmar que o socorro chegou a tempo.

Agosto Lilás

A gravação da ligação foi publicada nas redes sociais da Polícia Militar, com a voz da mulher alterada para proteger sua identidade. A corporação destacou que situações como essa reforçam a importância da escuta atenta e da resposta rápida.

Além disso, o caso integra as ações do Agosto Lilás, mês dedicado à conscientização sobre a violência contra a mulher e à divulgação dos canais de denúncia e proteção.

Canais de denúncia e apoio

Mulheres em situação de violência doméstica podem procurar ajuda de forma segura e sigilosa. Os principais canais de denúncia são:

  • 190 – Polícia Militar (em casos de emergência)

     

  • 180 – Central de Atendimento à Mulher

     

  • Disque 100 – Para denúncias de violações de direitos humanos

     

  • Aplicativo Direitos Humanos Brasil – Atendimento e denúncias online

     

  • Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos – Suporte digital

     

É importante lembrar que a Lei Maria da Penha se aplica a casos de agressão física, psicológica, moral, patrimonial ou sexual praticados por parceiros, familiares ou ex-companheiros. A denúncia pode ser feita em até seis meses após o fato.

Resumo:
Em Campo Grande (MS), uma mulher conseguiu denunciar o companheiro por violência doméstica ao ligar para a polícia pedindo “dipirona”, em código. A resposta rápida dos agentes salvou a vítima. O caso faz parte das ações do Agosto Lilás e reforça a importância de reconhecer sinais silenciosos de socorro.

 

Leia a matéria original aqui.

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