Ciclone no Sul traz ventos de até 110 km/h e deixa o país em alerta para chuvas fortes

O início da semana foi marcado por mudanças bruscas no tempo em diversas regiões do Brasil. Desde a madrugada desta segunda-feira (28), um ciclone extratropical que se formou no Rio Grande do Sul vem avançando em direção ao Centro-Sul do país, trazendo rajadas de ventos fortes, que já ultrapassaram os 100 km/h em algumas cidades.

Segundo os institutos Climatempo e MetSul, São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul estão entre os estados mais afetados. Na capital paulista, por exemplo, as rajadas podem chegar a 100 km/h. Na zona leste da cidade, os ventos fortes já derrubaram uma árvore sobre um carro nas primeiras horas do dia.

Além disso, há previsão de chuvas persistentes ao longo desta segunda-feira, tanto no interior quanto no litoral paulista. A Marinha do Brasil emitiu alerta de ressaca com ondas que podem atingir até 3 metros de altura.

Defesa Civil alerta para riscos provocados pelos ventos fortes

Diante da intensidade das rajadas, a Defesa Civil reforçou o alerta para as regiões do Centro-Leste de São Paulo, incluindo o litoral norte, Vale do Paraíba e região de Campinas. Nestes locais, a previsão é de ventanias que podem atingir até 70 km/h.

Por conta disso, as autoridades recomendam que a população evite se abrigar ou estacionar veículos debaixo de árvores. Também há risco de destelhamentos, queda de galhos e danos em estruturas frágeis.

No litoral gaúcho, as rajadas chegaram a impressionantes 110 km/h, e o avanço do ciclone também afeta cidades como Porto Alegre e Florianópolis. Em Porto Alegre, os termômetros marcaram 15 °C pela manhã, enquanto o céu limpo em Florianópolis contrasta com o vento que se intensifica ao longo do dia.

Mato Grosso do Sul enfrenta risco de granizo e chuva volumosa

Depois de semanas de estiagem, Mato Grosso do Sul volta a registrar precipitações — e de forma intensa. Meteorologistas alertam para o risco de tempestades com granizo e grandes acumulados de chuva, principalmente na capital Campo Grande. A última vez que choveu mais de 10 mm na região foi no fim de junho, e o cenário agora é bem diferente.

Essa virada no tempo exige atenção, já que além dos transtornos causados pelas chuvas, os ventos que acompanham a frente fria podem agravar os impactos. Por isso, acompanhar os avisos oficiais e adotar medidas preventivas são atitudes essenciais neste momento.

Instabilidade climática avança e afeta outras regiões do país

O sistema de instabilidade provocado pelo ciclone não vai parar por aí. Ao longo da semana, ele deve se deslocar para o Norte e Nordeste, levando chuvas a estados como Acre, Bahia, Pernambuco e Paraíba.

Em Recife, a Defesa Civil colocou a cidade em estado de atenção devido à maré alta, que pode chegar a 2,5 metros. Em João Pessoa, o céu está carregado e as chuvas são intensas. Também chove nas capitais Rio Branco e Boa Vista.

Enquanto isso, o tempo continua firme e seco em estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rondônia, além do Distrito Federal e Espírito Santo, onde as temperaturas continuam elevadas.

Frente fria derruba as temperaturas em São Paulo

Por fim, com a passagem da frente fria, uma massa de ar polar deve atingir São Paulo a partir desta terça-feira (29). O resultado será uma queda acentuada na temperatura.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a capital paulista deve registrar nesta segunda uma variação térmica entre 12 °C e 31 °C. Mas na terça, a máxima prevista é de apenas 18 °C — cenário que deve persistir nos dias seguintes.

O estado está sob alerta amarelo de perigo potencial para queda de temperatura. Assim, além de se preparar para a chuva e os ventos fortes, é hora de tirar os casacos do armário e redobrar os cuidados com a saúde, especialmente entre crianças e idosos.

Resumo: A formação de um ciclone no Sul do país trouxe ventos fortes, chuvas volumosas e queda nas temperaturas em várias regiões. O fenômeno avança para o Norte e o Nordeste nos próximos dias, e a recomendação dos órgãos oficiais é de atenção máxima. Diante do risco de destelhamentos, quedas de árvores e alagamentos, medidas de precaução são essenciais para evitar acidentes.