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A arrepiante história real por trás de 'Uma Noite em Idaho: Os Assassinatos na Faculdade'
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A arrepiante história real por trás de 'Uma Noite em Idaho: Os Assassinatos na Faculdade'

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Aventuras Na História
19/07/2025 19h00
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Em 2 de julho deste ano, Bryan Kohberger, ex-estudante de criminologia de 30 anos de idade, confessou o assassinato brutal de quatro estudantes da Universidade de Idaho, ocorrido em novembro de 2022.

A confissão, ocorrida quase três anos após o crime que chocou os Estados Unidos, marcou uma reviravolta no caso. Afinal, Kohberger firmou um acordo judicial que o livrou da pena de morte, e agora deve cumprir quatro penas consecutivas de prisão perpétua. A sentença formal será anunciada por um juiz em 23 de julho.

O crime

Os assassinatos ocorreram na madrugada de 13 de novembro de 2022, em uma casa fora do campus universitário na cidade de Moscow, Idaho. As vítimas, mortas a facadas, foram as jovens Madison Mogen, 21, Kaylee Gonçalves, 21, Xana Kernodle, 20, além de Ethan Chapin, também de 20 anos.

Apesar da confissão, o motivo dos assassinatos continua obscuro. Esperava-se que o julgamento trouxesse clareza, mas a decisão por um acordo de confissão frustrou parte das famílias das vítimas.

Segundo a revista Time, o advogado da família de Madison Mogen, Leander James, declarou que apoiava totalmente o acordo. Já Steve Gonçalves, pai de Kaylee, demonstrou forte oposição: "Isso é tudo menos justiça. Isso é o oposto da nossa vontade. Não havia maioria acreditando que isso fosse aceitável", disse ele em entrevista ao canal NewsNation.

O caso ganhou novo destaque com o lançamento da série documental 'Uma Noite em Idaho: Os Assassinatos na Faculdade', disponível no Prime Video desde 11 de julho. A produção investiga os desdobramentos da investigação, teorias sobre a motivação do assassino e, principalmente, busca humanizar as vítimas.

Familiares das vítimas participaram do documentário / Crédito: Divulgação/Prime Video

Prisão

A prisão de Kohberger, estudante de pós-graduação da Washington State University, vizinha à Universidade de Idaho, se deu em 30 de dezembro de 2022, após uma série de evidências o ligarem diretamente ao crime. O carro dele, um Hyundai Elantra branco, foi capturado por câmeras de segurança nas imediações da casa das vítimas.

Além disso, uma bainha de faca encontrada na cena do crime continha DNA que foi rastreado até o pai de Bryan — e, por fim, até ele. Os registros de seu celular também mostraram que ele esteve na área, com o aparelho desligado no momento dos assassinatos e ligado logo em seguida.

Segundo os diretores MatthewGalkin e Liz Garbus, a série detalha os pontos de virada que permitiram a identificação do responsável pelo crime. Entre eles, está a atividade de um usuário de Facebook chamado "Papa Rodger", que fez postagens suspeitas sobre os assassinatos — inclusive mencionando uma bainha de faca antes que essa informação se tornasse pública. A aparência do avatar lembrava a de Kohberger, e o usuário desapareceu das redes após sua prisão.

Interesse por crimes

A série também aborda a hipótese de que Bryan teria estudado criminologia como preparação para cometer o crime. Colegas de classe dele na DeSales University relataram que ele demonstrava grande interesse por assassinatos, especialmente em compreender as motivações dos criminosos.

Ele também teria se mostrado especialmente curioso sobre o caso de Elliot Rodger, figura cultuada em círculos "incel" (abreviação de "celibatário involuntário"), termo que define um grupo de homens que expressam ressentimento misógino por não conseguirem relações com mulheres. O nome "Papa Rodger" pode ser, portanto, uma referência a Elliot.

Bryan Kohberger / Crédito: Getty Images

As vítimas

Para os diretores da série, a violência de Kohberger parece ter sido direcionada especificamente às meninas. "Parece que as garotas foram o alvo da raiva de Bryan", afirma Garbus.

Além da investigação, a série mergulha nas vidas das vítimas, mostrando quem elas eram fora do rótulo de "vítimas de crime". Madison e Kaylee, por exemplo, eram melhores amigas desde a infância — a primeira, mais tranquila, e a segunda, expansiva e brincalhona. Xana era descrita como uma jovem sociável e Ethan, um amante de música country, era trigêmeo e estudava na mesma universidade que os irmãos.

A série também registra momentos emocionantes com os pais, irmãos e amigos dos jovens, que compartilham histórias sobre a dor da perda e os desafios de seguir em frente. Jim, pai de Ethan, conta que mantém as cinzas do filho no porão para poder "falar com ele sempre que quiser". A mãe, Stacy, revela sua decisão de levantar todos os dias e viver o da melhor maneira que puder, como forma de honrar o filho.

Enquanto isso, Karen Laramie, mãe de Madison, emociona ao refletir: "Estou sempre pensando em como Maddie e Kaylee gostariam de me ver. Eles gostariam que eu chorasse de pijama — não consigo sair da cama — ou gostariam de me ver falando sobre eles e como eles são incríveis? Isso é uma luta. Você nunca sabe o quão forte você é até que forte seja tudo o que você pode ser."

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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