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A verdadeira história por trás de 'Desastre Total: Prefeito do Caos', da Netflix
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A verdadeira história por trás de 'Desastre Total: Prefeito do Caos', da Netflix

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Aventuras Na História
17/06/2025 21h00
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Eleições para a prefeitura de Toronto, no Canadá, em 2010. O empresário e populista de direita Rob Ford se candidata de forma inesperada. Descartado como uma piada pelos outros políticos e pela mídia, ele surpreende com uma vitória esmagadora. 

Robert já era uma figura polêmica, por supostamente proferir comentários racistas e homofóbicos, além de ter sido condenado por dirigir embriagado. Mas sua administração se transforma em um desastre em câmera lenta, com uma avalanche de escândalos e alegações de uso de drogas pesadas, levando a um frenesi na mídia internacional.

A queda e ascensão de Rob Ford são tema de um novo documentário da Netflix: 'Desastre Total: Prefeito do Caos', que chegou à plataforma nesta terça-feira, 17. A produção traça a carreira do prefeito populista de direita e sua derrocada após vazamento de um vídeo dele fumando crack, tudo isso através da visão de jornalistas investigativos que cobriram o escândalo, vereadores e pessoas que trabalharam para Ford.

Chegada ao poder

Em 'Prefeito do Caos', pessoas próximas a Rob Ford descrevem como ele idolatrava seu pai, o também político Doug Ford. E como ele sempre tentava impressioná-lo. Assim, Rob se tornou um popular vereador de um distrito em Toronto antes de se tornar prefeito, servindo de 2000 a 2010.

Quando se tornou político, Robert adotou o estilo populista, distribuindo seu cartão de visita aos eleitores, incentivando-os a ligar diretamente para ele caso algo estivesse errado. 

Após ser eleito, em 2010, Ford foi responsável por aprovar diversas reformas em seu primeiro ano, conforme recorda a Time. O principal deles foi para a Câmara Municipal revogar um imposto sobre os registros de veículos. 

Os trabalhadores de transporte público também foram declarados como parte do serviço essencial; o que os impedia de fazerem greve. Mas Rob também se demonstrou impiedoso para alguns vereadores. Aos seus oponentes, eles dizia: "Ou trabalham comigo, ou serão destruídos". 

Ele era tão agressivo que muita gente não queria sentar perto dele", diz John Filion, vereador, no documentário. 

Onde há fumaça

Sua carreira começou a decair em maio de 2013, quando o portal Gawker publicou um vídeo onde o prefeito parecia estar fumando crack. Em um primeiro momento, Ford negou que usava drogas e também a possível existência da gravação. 

Cena de 'Desastre Total: Prefeito do Caos' - Netflix

Quanto mais a mídia vinculava o vídeo, mais Ford tentava jogar a população contra os veículos de comunicação. Uma figura extremamente conservadora, Rob passou a atacar a reputação progressista do Toronto Star, classificando o jornal e seus repórteres como "mentirosos patológicos". 

Rob Ford demonizar a mídia anos antes de Donald Trump fazer o mesmo foi extremamente eficaz", diz o repórter David Rider, do Star, no documentário. Alguns jornalistas dizem ter recebido ameaças de morte por cobrir o escândalo de Ford.  

Apesar das polêmicas, Rob conseguiu manter uma base dedicada de seguidores; que, inclusive, fizeram uma extensa campanha por sua reeleição, conforme mostra o documentário. 

No fim, em entrevista coletiva concedida em novembro de 2013, realizada em frente ao seu gabinete na prefeitura de Toronto, Rob Ford admitiu ter usado crack, mas alegou não ser viciado na droga

Cinco meses depois, a jornalista Robyn Doolittle, do Globe and Mail, foi informada de um vídeo que mostrava o prefeito com um cachimbo de crack na mão. Após o veículo publicar uma imagem estática da gravação, em abril de 2014, Ford deixou de concorrer à reeleição para ir direto para uma clínica de reabilitação. 

Semanas depois, em setembro, ele desistiu oficialmente de sua candidatura, anunciando ter descoberto um tumor em seu abdômen. Ele morreu por conta de um câncer em 22 de março de 2016, quando tinha apenas 46 anos. 

Em 'Desastre Total: Prefeito do Caos', da Netflix, seus conselheiros mostram ainda serem leais. Enquanto um lhe chama de "altruísta", o outro chega a chorar ao refletir sobre como ajudou Ford a lidar com o escândalo. 

O ex-chefe de gabinete de Rob, Mark Towhey, encerra o documentário — de 49 minutos — declarando: "Todos nós temos um Rob, em algum momento da vida. E acho que, a longo prazo, a história o considerará um homem que teve uma doença e que, apesar disso, realizou feitos nunca antes realizados. E... as coisas ruins, sim, elas falam por si."

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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