Home
Notícias
Antílope à beira da extinção é fotografado pela primeira vez no Congo
Notícias

Antílope à beira da extinção é fotografado pela primeira vez no Congo

publisherLogo
Aventuras Na História
27/05/2025 16h25
icon_WhatsApp
icon_facebook
icon_email
https://timnews.com.br/system/images/photos/16533135/original/open-uri20250527-18-15qg8t5?1748365543
©Divulgação/African Journal of Ecology
icon_WhatsApp
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE

O antílope Upemba Lechwe (Kobus anselli), uma das espécies mais raras da África, foi fotografado pela primeira vez na natureza. O registro histórico ocorreu durante uma expedição no Parque Nacional de Upemba, no sul da República Democrática do Congo, e pode representar a última chance de chamar atenção para a preservação do animal.

Com menos de 100 exemplares estimados, a espécie está criticamente ameaçada. Em uma recente pesquisa aérea na depressão de Kamalondo, apenas dez animais foram avistados.

Embora a maioria tenha fugido rapidamente, um deles parou por alguns segundos, o suficiente para que Manuel Weber, pesquisador do parque, conseguisse capturar a imagem inédita.

A sensação foi inacreditável. Mal dormi nas noites anteriores, preocupado que não conseguiríamos fazer a pesquisa, que não encontraríamos nenhum (nesse caso, seríamos responsáveis pela extinção de uma espécie), e com a necessidade de conseguir essa foto para gerar a conscientização necessária para salvá-los”, afirmou Weber ao The Guardian.

Caça

O estudo, publicado no African Journal of Ecology, é o primeiro a atualizar a população da espécie em mais de 50 anos. Segundo os autores, o principal fator de ameaça é a caça. Estimativas apontam que, nos anos 1970, existiam até 22 mil Upemba Lechwe na região. Já nos anos 1990, era comum o envio semanal da carne de dezenas deles para Bukama, cidade vizinha.

Weber destacou que a caça de subsistência pode ser viável em contextos com populações estáveis, mas que a situação atual exige medidas urgentes. “A pergunta agora é: como restaurar essa população?”

Além disso, o pesquisador afirmou que a foto pode ser decisiva para mobilizar atenção e recursos. “Eu sabia que precisávamos daquela foto — caso contrário, não teríamos como chamar a atenção da mídia para a causa. Esperamos que essa imagem se torne um grito de alerta, porque essa pode ser nossa única chance de salvar a espécie", destacou.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
icon_WhatsApp
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE
Confira também