Após 109 anos, naufrágio britânico da Primeira Guerra é encontrado

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Recentemente, uma equipe de mergulhadores internacionais realizou uma descoberta impressionante no Mar do Norte, a cerca de 100 quilômetros da costa da Escócia. A uma profundidade de 82 metros, foram encontrados os destroços do navio HMS Nottingham, uma embarcação da Marinha Real Britânica que afundou há 109 anos, em agosto de 1916, após ser atingido por um torpedo alemão em meio à Primeira Guerra Mundial.
Conforme repercute a Revista Galileu, o local exato que o HMS Nottingham permaneceu um mistério desde o episódio, há mais de um século. Porém, em setembro de 2024, a empresa ProjectXplore, que busca localizar naufrágios historicamente significativos para o Reino Unido, iniciou as buscas pelo navio, a partir de diários de bordo, telegramas e cartas náuticas da época.

Foi só em abril deste ano que, finalmente, a área do conflito foi delimitada e examinada com câmeras de sonar. Então, os especialistas acabaram encontrando evidências de um naufrágio que chamou atenção, apresentando dimensões, layout e posicionamento bastante semelhantes aos do HMS Nottingham.
Três meses após a descoberta, uma expedição foi enviada ao local, que acabou confirmando o naufrágio. A equipe de mergulho disse à BBC que, após o mergulho, já "não tinha mais dúvidas" sobre a identidade, tendo em vista o carimbo de identificação, as dimensões e os equipamentos encontrados submersos, nos destroços.
HMS Nottingham
Segundo o Sky News, o HMS Nottingham é um cruzador leve da classe Town, com 140 metros de comprimento. Ele era parte da Marinha Real Britânica até que, no dia 19 de agosto de 1916, foi atingido por três torpedos após um encontro com um submarino alemão, e afundou. Estima-se que 38 soldados britânicos morreram na ocasião, mas o capitão, 20 oficiais e outros 357 tripulantes foram resgatados.
Ao longo do último século, inúmeras tentativas buscaram localizar o naufrágio, mas foi só recentemente que os destroços foram encontrados. Vale mencionar que, conforme relataram os mergulhadores, parte da superestrutura do navio ainda está visível, em alguns lugares se elevando de 8 a 10 metros do fundo do mar.
No momento, ainda são necessários estudos mais detalhados no local, mas os pesquisadores já têm confiança de que identificaram uma ruptura na frente da ponte, ao lado da porta, que coincide com os relatos de duas explosões de torpedos no local.
Por fim, os pesquisadores ainda destacam que, mesmo afundado, a embarcação ainda é o cruzador da classe Town mais bem preservado do mundo, visto que a maioria dos outros foi vendida para desmantelamento entre as décadas de 1920 e 1940.



