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Após polêmica, leilão de joias associadas a Buda é adiado
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Após polêmica, leilão de joias associadas a Buda é adiado

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Aventuras Na História
07/05/2025 12h36
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16520905/original/open-uri20250507-18-1ybk2ee?1746623705
©Divulgação/Sotheby's
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A casa de leilões Sotheby's de Hong Kong teve de adiar um leilão de pedras preciosas associadas ao budismo primitivo após o governo indiano reivindicar as joias como parte de seu patrimônio religioso e cultural. As chamadas pedras preciosas de Piprahwa, datadas de cerca de 200 a.C. e descobertas em 1898 pelo britânico William Claxton Peppe no norte da Índia, seriam leiloadas nesta quarta-feira, 7.

O Ministério da Cultura da Índia emitiu um aviso legal na última segunda-feira, classificando os itens como “patrimônio inalienável da Índia e da comunidade budista global” e alegando que sua venda viola leis nacionais e internacionais. O governo indiano pediu o cancelamento do leilão, a devolução das joias, um pedido formal de desculpas e a divulgação da documentação completa de procedência.

Em resposta, a Sotheby’s anunciou na manhã desta quarta-feira o adiamento do evento "em vista das questões levantadas pelo Governo da Índia e com o acordo dos consignatários", afirmando que o adiamento permitirá novas discussões entre as partes.

Segundo informações da AFP, até a noite de ontem, a casa de leilões ainda mantinha a posição de que o leilão ocorreria como previsto. Após o adiamento, o Ministério da Cultura da Índia publicou em suas redes sociais que teve o "prazer de informar" sobre a decisão da Sotheby’s, consequência direta de sua intervenção.

A coleção

As pedras preciosas compõem uma coleção de cerca de 1.800 itens — incluindo ametistas, pérolas e peças de ouro — escavados na vila de Piprahwa, próxima ao local de nascimento do Buda, e ligados ao clã Sakya. Segundo autoridades indianas, uma inscrição em um dos caixões confirma que as relíquias contêm fragmentos de ossos atribuídos ao Buda.

Em um artigo publicado pela própria Sotheby’s, Chris Peppe afirmou que seu ancestral doou os relicários ao governo indiano, mas que parte da coleção permaneceu com a família.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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