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Arqueólogos alegam ter encontrado local onde Jesus transformou água em vinho
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Arqueólogos alegam ter encontrado local onde Jesus transformou água em vinho

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Aventuras Na História
23/05/2025 19h50
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©Projeto Khirbet Qana
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Um novo estudo arqueológico reacende o debate sobre o local onde, segundo a Bíblia, Jesus Cristo realizou seu primeiro milagre: transformar água em vinho durante um casamento.

Por séculos, a cidade de Kafr Kanna, ao norte de Nazaré, foi considerada o cenário do episódio narrado no Evangelho de João. No entanto, novas escavações sugerem que a verdadeira Caná da Galileia pode estar em outro lugar — mais precisamente na vila em ruínas de Khirbet Qana, a cerca de 13 quilômetros a noroeste.

As escavações lideradas pelo arqueólogo Dr. Tom McCollough, do Centre College, revelaram que Khirbet Qana abrigava uma vila judaica ativa entre 323 a.C. e 324 d.C., exatamente no período em que Jesus teria vivido.

Achados

A presença de uma sinagoga, moedas da revolta macabeia e várias casas de banho reforçam o caráter judaico do assentamento, alinhando-se com o contexto do milagre bíblico — onde Jesus transforma água de jarros usados para purificação cerimonial em vinho.

O achado mais notável, no entanto, está em um sistema de cavernas subterrâneas, onde os arqueólogos encontraram evidências de um antigo local de culto cristão, datado do século 3 d.C. 

Entre os artefatos, destaca-se um altar improvisado com uma tampa de sarcófago invertida, sobre o qual repousavam dois grandes vasos de pedra. Segundo os estudiosos, os primeiros cristãos acreditavam que esses poderiam ser os mesmos recipientes usados por Jesus no milagre.

Grafites cristãos com inscrições como “Kyrie Iesou” (“Senhor Jesus”) e representações de cruzes reforçam a importância religiosa do local desde os primeiros séculos do cristianismo.

Tudo isso sugere que Khirbet Qana foi identificado como a Caná do Novo Testamento desde muito cedo”, afirmou McCollough em artigo publicado na Biblical Archaeology Society.

Embora Kafr Kanna continue sendo o destino de milhares de peregrinos e abrigue a tradicional “Igreja do Casamento”, especialistas como o Dr. James Tabor, da Universidade Hebraica de Jerusalém, argumentam que essa identificação pode ter mais a ver com conveniência geográfica do que com evidência histórica. 

“Era mais fácil para os peregrinos da Idade Média visitar um local acessível a poucos quilômetros de Nazaré do que escalar as colinas áridas de Khirbet Qana sob o sol do Oriente Médio”, explica Tabor ao The Mail.

Até hoje, nenhuma escavação revelou vestígios de um assentamento judaico do período romano sob Kafr Kanna — um fator decisivo para muitos arqueólogos ao reavaliar a localização original de Caná.

Para os estudiosos envolvidos nas escavações, a combinação de evidências arqueológicas judaicas e cristãs em Khirbet Qana torna o sítio um forte candidato à verdadeira Caná da Galileia — local de um dos momentos fundadores da fé cristã.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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