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Austrália cancela visto de Kanye West após lançamento de música 'Heil Hitler'
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Austrália cancela visto de Kanye West após lançamento de música 'Heil Hitler'

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Aventuras Na História
02/07/2025 16h38
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O rapper americano Kanye West, conhecido como Ye, teve seu visto australiano cancelado após o lançamento da música “Heil Hitler”, considerada apologética ao nazismo. A informação foi confirmada nesta quarta-feira, 2, pelo ministro do Interior da Austrália, Tony Burke.

A faixa, lançada em 8 de maio de 2025, chegou a ser disponibilizada em plataformas como Spotify, Apple Music e YouTube, mas foi removida rapidamente após protestos de grupos judaicos e críticas da imprensa. O clipe incluía ainda trechos de discursos do líder nazista Adolf Hitler.

O lançamento da música ocorreu pouco tempo depois de Ye ter feito uma série de declarações antissemitas nas redes sociais, incluindo frases como “Eu amo Hitler” e “Eu sou nazista”.

Visto cancelado

Em entrevista ao programa Afternoon Briefing da ABC, Burke explicou que, embora as declarações anteriores do artista não tenham sido suficientes para barrar sua entrada no país, o lançamento de uma música com conteúdo explícito de exaltação ao nazismo levou as autoridades a reavaliar a concessão do visto.

“Ele já fez muitos comentários ofensivos, que meus funcionários revisaram novamente depois que ele lançou essa música”, disse o ministro. “Ele tem família aqui… Não era um visto para fins de shows. Era um visto de nível mais baixo, mas mesmo assim os funcionários analisaram a lei e disseram que, se você tem uma música e promove esse tipo de nazismo, não precisamos disso na Austrália.”

Ye é casado desde dezembro de 2022 com a arquiteta australiana Bianca Censori, e costumava visitar o país com frequência. O governo não informou a data exata do cancelamento do visto. Apesar da medida, Burke afirmou que não se trata de uma proibição permanente.

“Não estou alterando o funcionamento da lei, mas mesmo para o visto de nível mais baixo, quando meus funcionários analisaram a situação, cancelaram o visto após o anúncio dessa música”, disse ele. “Já temos problemas suficientes neste país sem importar deliberadamente o fanatismo.”

A decisão segue uma linha mais dura do governo australiano contra figuras públicas que propagam discursos de ódio. Em outubro de 2024, a influenciadora conservadora americana Candace Owens também teve sua entrada negada no país por declarações consideradas islamofóbicas e por minimizar o Holocausto. “O interesse nacional da Austrália é melhor atendido quando Candace Owens está em outro lugar”, afirmou Burke à época.

Organizações judaicas, como o Executive Council of Australian Jewry, elogiaram a decisão do governo australiano, afirmando que figuras públicas que propagam mensagens antissemitas representam “um risco significativo à harmonia social.” A equipe do rapper não respondeu aos pedidos de comentário da imprensa norte-americana.

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