Avião que caiu no Alasca tinha meia tonelada de excesso de peso, diz relatório
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Um avião da Bering Air que caiu no Alasca em 6 de fevereiro, matando todas as 10 pessoas a bordo, estava acima do peso permitido para as condições climáticas em que voava. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 19, em um relatório preliminar do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB).
De acordo com comunicado da Guarda Costeira dos EUA, o Cessna 208B Caravan fazia um voo regular entre Unalakleet e Nome, um trajeto de 240 km. O avião desapareceu a cerca de 10 minutos do destino, quando estava a 19 km da costa, e seus destroços foram encontrados no dia seguinte.
Uma análise de radar indicou uma “rápida perda de altitude” e uma "correspondente rápida perda de velocidade". O piloto havia comunicado ao controle de tráfego aéreo que pretendia entrar em um padrão de espera devido ao fechamento temporário da pista de Nome, mas logo depois o contato foi perdido.
Excesso de peso
Após examinarem a bagagem e a carga recuperadas, investigadores do NTSB concluíram que, no momento da decolagem, o avião excedia em cerca de 450 quilos o limite permitido para voos em condições de gelo previstas ou conhecidas. A aeronave também ultrapassava em aproximadamente 360 quilos o peso máximo autorizado para qualquer operação de voo, conforme apontado no relatório.
Especialistas em aviação ouvidos pelo The New York Times alertam que o excesso de peso compromete significativamente o desempenho da aeronave. Além disso, no momento da decolagem, as condições meteorológicas na rota entre Unalakleet e Nome eram adversas, com neve, neblina e temperaturas baixas.
O voo transportava um piloto e nove passageiros. Segundo a Administração Federal de Aviação (F.A.A., na sigla em inglês), os Cessna Caravans da empresa podem transportar até nove passageiros e dois tripulantes, segundo O Globo.
