Brasileira desaparecida em trilha de vulcão na Indonésia é localizada por drone

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O Parque Nacional do Monte Rinjani, na Indonésia, confirmou nesta segunda-feira, 23, que a brasileira Juliana Marins, de 33 anos, foi localizada por um drone operado por equipes de resgate, três dias após desaparecer durante uma trilha no vulcão Rinjani, em Lombok.
A brasileira foi avistada imóvel em um paredão rochoso a cerca de 500 metros de profundidade, mas o acesso ao local segue extremamente difícil, e o resgate ainda não tem previsão para ser concluído.
Segundo comunicado oficial do parque, "às 6h30 do horário local [17h30 de domingo no Brasil], a vítima foi localizada com o uso de um drone, em posição presa a um paredão rochoso, visualmente sem sinais de movimento".
O terreno acidentado, a neblina densa e as condições climáticas instáveis têm dificultado o avanço das equipes de resgate, que contam agora com dois alpinistas experientes vindos de outras regiões da Indonésia. A operação chegou a ser suspensa neste domingo, 22, e novamente interrompida na tarde desta segunda-feira, 23, por questões de segurança.
Indignação
A família de Juliana tem demonstrado indignação com a lentidão das ações e o que considera falta de preparo das autoridades locais. Pelas redes sociais, parentes criticaram o fato de o parque nacional permanecer aberto para turistas, enquanto o resgate da mulher não é finalizado.
Um dia inteiro e eles avançaram apenas 250 metros abaixo. Faltavam 350 metros para chegar na Juliana e eles recuaram. Mais um dia! Mais uma noite sem resgate por negligência!", escreveu o perfil oficial @resgatejulianamarins, criado pela família para centralizar informações.
A irmã da jovem, Mariana Marins, também negou informações divulgadas por autoridades da Indonésia e pela Embaixada do Brasil em Jacarta de que Juliana teria recebido água, comida e agasalho. "A equipe de resgate ainda não conseguiu chegar até ela. As cordas não tinham tamanho suficiente, além da baixa visibilidade", afirmou.
Segundo o G1, o embaixador brasileiro na Indonésia admitiu, em ligação ao programa Fantástico, que repassou informações incorretas inicialmente, baseando-se em relatos imprecisos de autoridades locais.
Como aconteceu?
Juliana estava viajando sozinha pela Ásia desde fevereiro, tendo visitado Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia. Ela realizava uma trilha ao Monte Rinjani quando, segundo a família, ficou para trás após avisar ao guia local que estava cansada. Abandonada pelo grupo, a mulher teria se desesperado ao perceber que ninguém retornava, momento em que caiu de um penhasco de cerca de 300 metros.
A situação gera forte comoção e apreensão no Brasil, onde familiares e amigos acompanham com angústia o andamento do resgate. Ainda não há confirmação oficial sobre o estado de saúde de Juliana Marins.


