Home
Notícias
Cidade egípcia esquecida há milênios é redescoberta sob o Delta do Nilo
Notícias

Cidade egípcia esquecida há milênios é redescoberta sob o Delta do Nilo

publisherLogo
Aventuras Na História
30/06/2025 21h50
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
https://timnews.com.br/system/rss_links/images/50839/original/Aventuras_na_Histo%CC%81ria.png?1764190102
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE

Uma antiga cidade egípcia, há muito desaparecida dos mapas e da memória histórica, acaba de ser redescoberta sob as areias do leste do Delta do Nilo. Arqueólogos da Universidade de Manchester (Reino Unido) e da Universidade de Sadat City (Egito) identificaram o sítio urbano de Imet, enterrado sob a colina de Tell el-Fara’in, também conhecida como Tell Nabasha.

A escavação, liderada pelo egiptólogo Dr. Nicky Nielsen, utilizou imagens de satélite de alta resolução combinadas com escavação tradicional para revelar os contornos bem preservados de uma cidade que prosperou por volta do século 4 a.C., durante o Período Tardio da história egípcia.

Imet está emergindo como um sítio-chave para repensarmos a arqueologia urbana do Egito nessa época", afirmou Nielsen.

Entre os achados mais impressionantes estão as "casas-torre", construções de vários andares sobre fundações robustas. Essas estruturas são raras fora do Delta e indicam que Imet era densamente habitada e urbanisticamente sofisticada.

Também foram descobertos espaços pavimentados para processamento de grãos, áreas de criação de animais e um grande edifício cerimonial do período Ptolemaico, ligado a uma estrada processional que levava ao templo da deusa Wadjet, padroeira da cidade e símbolo protetor do Baixo Egito.

Essa estrutura cerimonial, posteriormente abandonada, reflete as transformações nas práticas religiosas com a chegada dos governantes de origem grega. Ainda assim, objetos rituais encontrados no local revelam uma rica vida espiritual.

Entre os artefatos descobertos estão: uma estatueta ushabti de faiança verde da 26ª Dinastia, usada como servo simbólico no além; um sistro de bronze decorado com duas cabeças da deusa Hathor, um instrumento musical sagrado; uma estela do deus Harpócrates, representado sobre crocodilos com a figura protetora de Bes acima dele.

Mas nem só de rituais vivia Imet. Os arqueólogos também encontraram um recipiente de cozinha contendo restos de um ensopado de tilápia, preservado sobre a antiga lareira em que foi cozido — um raro vislumbre da vida cotidiana há mais de 2.300 anos.

Reconstrução

A redescoberta de Imet contribui significativamente para a compreensão da evolução urbana no antigo Egito, especialmente no pouco explorado Delta do Nilo. "Essas descobertas ajudam a reconstruir não apenas a arquitetura, mas também a espiritualidade e o cotidiano das populações que ali viveram", destacou o Dr. Nielsen.

Segundo a Universidade de Manchester, o trabalho em Imet "continua a moldar narrativas globais sobre as cidades esquecidas do Egito, trazendo o antigo Delta de volta à tona — uma descoberta de cada vez".

Segundo o 'Archaeology News', com novas escavações e estudos em andamento, Imet promete revelar ainda mais sobre o passado vibrante de um Egito que, aos poucos, volta a falar por meio de seus vestígios enterrados.

icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE
Confira também