'Condições desumanas': Saiba como é a prisão onde P. Diddy está

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O rapper Sean "Diddy" Combs, de 55 anos, foi recentemente condenado por duas acusações de transporte com a finalidade de prostituição, relacionadas a casos envolvendo ex-namoradas. Cada uma dessas condenações pode resultar em penas de até dez anos. Com a fiança negada pelo juiz, Diddy permanecerá sob custódia enquanto aguarda a sentença final, que deverá ser divulgada até o dia 3 de outubro. O local onde ele se encontra é conhecido por suas condições consideradas extremas e inadequadas.
O artista, que já está encarcerado há quase dez meses, está alojado no Centro Metropolitano de Detenção (MDC), situado no Brooklyn, Nova York. De acordo com informações disponíveis no site oficial da instituição, a prisão abriga tanto homens quanto mulheres e atualmente conta com cerca de 1.190 detentos.
Nos últimos tempos, o MDC tem enfrentado desafios significativos, incluindo escassez de funcionários, interrupções no fornecimento de energia elétrica e relatos de larvas na alimentação dos prisioneiros. Em um julgamento realizado em janeiro do ano passado, um juiz federal de Manhattan descreveu as condições do MDC como uma "tragédia contínua". Em agosto de 2024, outro juiz mencionou a possibilidade de converter a pena de um réu mais velho em prisão domiciliar caso ele fosse transferido para o MDC, devido às "condições perigosas e desumanas" observadas na penitenciária.
O Departamento de Prisões dos EUA, responsável pela operação do MDC, emitiu um comunicado afirmando que está comprometido com esforços significativos para melhorar as condições da instalação. A agência informou que diversas operações realizadas entre outubro e novembro do ano passado resultaram na apreensão de drogas, armas e outros itens ilícitos dentro da prisão.
A fama do MDC é marcada por sua violência; logo após a detenção de Diddy, promotores anunciaram acusações criminais contra nove internos por delitos graves como agressão e tentativa de homicídio ocorridos antes da chegada do rapper ao local. A defesa do rapper relatou que ele foi colocado em uma ala problemática do MDC, onde conflitos foram frequentes.
Segundo o UOL, apesar das duras condições enfrentadas na prisão, os advogados do cantor reconheceram o apoio prestado pela equipe carcerária ao facilitar o acesso à defesa durante o processo judicial. "Mesmo diante das condições adversas no MDC, agradeço aos profissionais dedicados que trabalham lá", comentou Teny Geragos, advogada do rapper.
Historicamente, o MDC já recebeu figuras controversas como Ghislaine Maxwell e R. Kelly. Atualmente, Luigi Mangione também está detido no local por ser acusado do assassinato de um executivo do setor de seguros.
Relembre o caso
No que diz respeito ao caso específico de Diddy, ele foi preso inicialmente sob alegações relacionadas à administração de um esquema criminoso englobando tráfico sexual e obstrução da justiça. O julgamento teve início em 12 de maio e alcançou sua fase conclusiva recentemente. Embora tenha optado por não depor durante o processo, o artista sempre se declarou inocente das acusações desde sua detenção em setembro de 2024.
Uma das ex-namoradas do rapper, Cassie Ventura, processou-o civilmente em novembro de 2023, alegando ter sofrido abusos e violência durante o relacionamento.Cassie relatou que as chamadas "freak-offs", festas organizadas pelo rapper frequentemente acompanhadas por substâncias ilícitas e álcool, tornaram-se uma parte central de sua vida com Diddy. O caso culminou em um acordo financeiro estimado em 30 milhões de dólares.
A sentença definitiva para Sean Combs poderá resultar em até 20 anos de reclusão pelas duas condenações atribuídas a ele. Embora tenha sido absolvido das acusações mais graves relacionadas ao tráfico sexual e conspiração para extorsão — consideradas potencialmente passíveis de pena perpétua — a defesa considera essa decisão uma vitória significativa.


