Corpo de Juliana Marins será velado nesta sexta com cerimônia aberta ao público

Aventuras Na História






O velório da publicitária Juliana Marins, brasileira que morreu após cair durante uma trilha no vulcão Monte Rinjani, na Indonésia, será realizado nesta sexta-feira, 4, no Cemitério Parque da Colina, em Pendotiba, Niterói (RJ). A cerimônia será aberta ao público das 10h às 12h. Das 12h30 às 15h, o velório será reservado a familiares e amigos.
O corpo de Juliana passou por uma nova autópsia na manhã desta quarta-feira, 2, no Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto, no centro do Rio. O exame, solicitado pela Defensoria Pública da União (DPU) e autorizado pela Justiça Federal, foi conduzido por dois peritos da Polícia Civil, com acompanhamento de um legista federal, de um representante da família e do professor de medicina legal Nelson Massini, contratado pelos parentes.
A análise teve início às 8h30 e durou cerca de duas horas e meia. O corpo foi liberado por volta das 11h. Um laudo preliminar é esperado em até sete dias. Exames complementares ainda serão realizados para tentar esclarecer a causa exata da morte e o momento em que ela ocorreu.
Segundo a defensora pública federal Taísa Bittencourt Leal Queiroz, a necropsia feita na Indonésia deixou lacunas. “A família necessita de confirmação da data e horário da morte, a fim de apurar se houve omissão na prestação de socorro pelas autoridades indonésias”, afirma em petição.
Autópsia na Indonésia
A primeira autópsia foi realizada no dia 26 de junho em um hospital de Bali, logo após o resgate do corpo no Parque Nacional do Monte Rinjani. O legista indonésio Ida Bagus Putu Alit informou que Juliana sofreu múltiplas fraturas e lesões internas e que teria sobrevivido por até 20 minutos após o impacto. A possibilidade de hipotermia foi descartada.
Apesar disso, o laudo não especificou o dia nem a hora do acidente. A certidão de óbito emitida pela Embaixada do Brasil em Jacarta se baseou nesse exame, mas também não trouxe informações conclusivas sobre o momento da morte, repercute o UOL.
A família criticou a forma como o resultado foi divulgado. A irmã de Juliana, Mariana Marins, afirmou que os parentes foram chamados ao hospital para receber o laudo, mas, antes disso, o médico deu uma entrevista coletiva sobre os resultados. “É absurdo atrás de absurdo e não acaba mais”, disse ao g1.
Em declarações após acompanhar a nova autópsia no Rio, Mariana agradeceu o esforço das autoridades brasileiras para repatriar o corpo, mas voltou a cobrar respostas: “Ela sofreu muita negligência nesse resgate. Então a gente vai continuar atrás.”
O pai de Juliana, Manoel Marins, também demonstrou desconfiança quanto aos procedimentos realizados na Indonésia. “Precisamos saber se a necropsia que ele fez foi bem feita. Me pareceu que o hospital não dispõe de tantos recursos assim”, disse em entrevista ao RJ2.
A DPU já enviou ofício pedindo que a Polícia Federal abra inquérito para investigar o caso. A principal dúvida gira em torno de uma possível falha no socorro. Para a família, é essencial saber se Juliana poderia ter sobrevivido caso o resgate tivesse sido feito em tempo hábil.


