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Crianças que ficaram em cativeiro por três anos fizeram desenhos perturbadores
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Crianças que ficaram em cativeiro por três anos fizeram desenhos perturbadores

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Aventuras Na História
03/05/2025 15h04
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16518553/original/open-uri20250503-18-115c0fe?1746288287
©Divulgação/Polícia Nacional da Espanha
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As três crianças encontradas em cativeiro em Oviedo, na Espanha, produziram desenhos perturbadores enquanto viviam trancadas em seu quarto desde a pandemia de Covid-19. Os irmãos — um de 10 anos e dois gêmeos de 8 — estavam isolados do mundo desde outubro de 2021 e só foram libertados após uma operação da Polícia Nacional espanhola, que revelou as condições extremas em que viviam.

Forçadas a usar máscaras em tripla camada e fraldas, as crianças dormiam em berços semelhantes a gaiolas. A casa estava em estado de abandono, tomada por lixo, fezes de animais e remédios vencidos. O quarto de hóspedes havia sido transformado em um depósito de fraldas usadas, e o banheiro ao lado do quarto dos gêmeos era ocupado por um gato com um tumor enorme, segundo o jornal El Español.

De acordo com o portal Extra, os pais — o filósofo alemão Christian Steffen, de 53 anos, e a germano-americana Melissa Ann Steffen, de 48 — mantinham todas as janelas e portas trancadas. Apenas Christian tinha permissão para abrir a porta e receber as compras feitas no supermercado. Melissa, que pesa cerca de 140 quilos, enfrenta dificuldades de locomoção.

O histórico acadêmico de Christian mostra que ele obteve doutorado em filosofia e licenciatura em pedagogia pela Universidade de Hamburgo, o que o habilitava a dar aulas em escolas secundárias. Ele é autor do livro "Heidegger como Filósofo Transcendental: Sua Ontologia Fundamental em Comparação com a Crítica Kantiana da Razão Pura", publicado em 2005.

De acordo com os investigadores, os pais sofriam da chamada "síndrome da Covid" e impuseram à família um confinamento extremo por mais de três anos.

"Assim que os tiramos de lá, os três começaram a respirar fundo como se nunca tivessem estado ao ar livre antes", relatou uma autoridade ao jornal La Nueva España. Um dos irmãos caiu no chão e tocou a grama com espanto. As crianças, que se comunicam principalmente em inglês, estavam visivelmente assustadas e agarradas à mãe, que alegava que tinham "graves patologias" e pedia que ninguém se aproximasse.

Dentro da casa, os leitos das crianças estavam cobertos por desenhos perturbadores, incluindo um monstro vermelho gritando e uma caveira com ossos cruzados.

Denúncia

A denúncia à polícia teria partido de um vizinho, que ouviu vozes infantis vindas da casa, embora nunca tivesse visto nenhuma criança frequentar a escola. Segundo a emissora alemã DW, nenhuma medida foi tomada na ocasião, e ainda não se sabe o que motivou a recente operação policial.

"No início, não havia nada de particularmente impressionante", relatou o inspetor-chefe Francisco Javier Lozano, destacando que o pai parecia desgrenhado e estava descalço. "Ele nos pediu para usar máscaras e manter distância. Ele imediatamente disse que havia menores na casa. Mas, para nossa surpresa, não só isso aconteceu, como nenhum dos pais negou ter ficado isolado por anos, nem demonstrou qualquer conhecimento especial de ter feito algo errado."

A mãe, nascida nos Estados Unidos, afirmou às autoridades que acreditava estar fazendo o melhor para proteger os filhos durante a pandemia. "Desmantelamos a casa dos horrores", disse Lozano.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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