Dançarinas improvisam pole dance em monumento histórico na Grécia e acabam presas

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Um grupo de dançarinas de pole dance foi preso na ilha grega de Corfu após realizar uma apresentação improvisada em frente aos antigos palácios de São Miguel e São Jorge, um dos monumentos históricos mais emblemáticos da cidade e patrimônio mundial da Unesco.
O episódio ocorreu na semana passada (entre os dias 19 e 23 de maio) e gerou revolta entre moradores locais. Em vídeos que circularam nas redes sociais, duas mulheres aparecem se equilibrando em um poste usando roupas íntimas vermelhas, enquanto ao fundo se vê a fachada neoclássica dos palácios.
Em outro trecho, uma mulher com collant preto é aplaudida por outra que, com forte sotaque britânico, grita: "Yes, Shelly, that's brilliant!" (em tradução livre: “Sim, Shelly, que demais!”).
Motivo
As mulheres — identificadas como turistas britânicas praticantes de pole dance — estariam gravando um material promocional, segundo a defesa. Elas foram detidas sob a acusação de violar a lei arqueológica grega e de degradar a área ao redor do monumento.
A audiência do grupo estava marcada para esta segunda-feira, 26, mas foi adiada após o autor das imagens — que pode ser peça-chave na investigação — não ser localizado, informou em comunicado o advogado das turistas. Segundo ele, as acusadas “não compreenderam a gravidade da ação infeliz” até que os vídeos viralizaram.
Nas redes sociais, dezenas de moradores manifestaram indignação com o ocorrido. “Os Palácios de Corfu já receberam membros da realeza. Agora, pole dance”, escreveu o usuário Panagiotis Kalogeros no Facebook.
Construído no início do século 19, o palácio foi encomendado pelo alto comissário britânico Sir Thomas Maitland e projetado pelo coronel George Whitmore. Localizado no coração da Cidade Velha de Corfu, o edifício é um dos principais marcos da herança britânica na ilha e hoje abriga o Museu de Arte Asiática.
A repercussão do caso reacende o debate sobre os limites entre expressão artística, turismo e respeito ao patrimônio histórico. O governo grego ainda não se pronunciou oficialmente sobre possíveis medidas para reforçar a proteção em locais históricos diante do crescimento do turismo.


