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Descoberta camada frágil sob Campi Flegrei que explica tremores vulcânicos
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Descoberta camada frágil sob Campi Flegrei que explica tremores vulcânicos

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Aventuras Na História
06/06/2025 18h45
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16539323/original/open-uri20250606-18-pvi5ym?1749235551
©Getty Images
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Um novo estudo publicado na revista AGU Advances revelou um importante avanço na compreensão da instabilidade sísmica da caldeira de Campi Flegrei, uma área vulcânica ativa situada a oeste de Nápoles, na Itália.

Pesquisadores identificaram uma camada de rocha enfraquecida, localizada entre 3 e 4 quilômetros abaixo da superfície, que pode ser a responsável pelos tremores recorrentes na região.

A rocha, chamada tufo, é formada por cinzas vulcânicas comprimidas e se comporta como uma esponja natural, absorvendo gases que sobem da câmara magmática situada a pelo menos 12 quilômetros de profundidade. À medida que esses gases saturam os poros da rocha, o tufo se deforma e se rompe, desencadeando pequenos terremotos.

"Descobrimos que essa camada foi enfraquecida ao longo de milhares de anos por sucessivas intrusões de magma", explicou Lucia Pappalardo, pesquisadora sênior do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia da Itália (INGV) e líder do estudo. "Essa descoberta ajuda a explicar os ciclos de agitação que Campi Flegrei experimenta e pode ter implicações para outras caldeiras ao redor do mundo".

A região dos Campi Flegrei abriga cerca de meio milhão de pessoas e está sendo monitorada de perto devido ao risco de uma futura erupção. Embora o vulcão esteja adormecido desde 1538, vive atualmente um longo período de instabilidade iniciado em 2005, com atividade sísmica frequente, como o tremor recente que causou o desabamento de um muro no sítio histórico de Pompeia.

Análises

Para chegar à nova descoberta, os cientistas analisaram amostras de rochas perfuradas décadas atrás sob a caldeira. Utilizando microtomografia computadorizada 4D, observaram como as amostras reagiam à compressão até se quebrarem, revelando a fragilidade estrutural do tufo.

"Foi uma surpresa encontrar essa camada tão frágil", disse Gianmarco Buono, coautor do estudo. "Ela parece ter aprisionado diversas intrusões de magma ao longo dos milênios, o que contribuiu para o seu enfraquecimento".

Apesar dos constantes tremores, os pesquisadores afirmam que não há sinais de erupção iminente. "Nosso sistema de monitoramento não está registrando nenhuma evidência de movimento de magma", tranquiliza Pappalardo.

Segundo o 'Live Science', a pesquisa faz parte de um esforço mais amplo para entender a dinâmica subterrânea da caldeira e melhorar os sistemas de previsão e prevenção de riscos vulcânicos em regiões densamente povoadas.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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