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Descoberto túmulo de Julie von Voß, esposa do rei Frederico Guilherme II
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Descoberto túmulo de Julie von Voß, esposa do rei Frederico Guilherme II

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Aventuras Na História
24/07/2025 19h00
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16568128/original/open-uri20250724-34-3olxgu?1753383905
©Divulgação/Landesdenkmalamt Berlin
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Uma equipe de arqueólogos em Berlim anunciou a descoberta do que se acredita ser o local de descanso de Julie von Voß, a segunda esposa do Rei Prussiano Frederico Guilherme II. A revelação ocorreu no dia 8 de julho, durante as obras de renovação da Schlosskirche Buch, uma igreja histórica na capital alemã onde von Voß nasceu em 1766 e que ela desejava como seu local de sepultamento.

Julie von Voß teve uma vida breve, mas repleta de acontecimentos significativos. Nascida na nobreza no Schloss Buch, ingressou no serviço real em 1783 como dama de companhia, supostamente da Rainha Elisabeth Christine, embora outros relatos indiquem sua associação com a Rainha Frederika Luísa de Hesse-Darmstadt. Foi nesse ambiente que ela conheceu o futuro Rei Frederico Guilherme II.

Em um arranjo incomum para a época, von Voß casou-se com o rei em uma união morganática — ou seja, sem direito a compartilhar o título real ou à sucessão — em 7 de abril de 1787, com o consentimento da rainha. A cerimônia foi realizada em pequena escala na capela do Palácio de Charlottenburg. Após o casamento, recebeu o título de Condessa de Ingenheim.

Ela deu à luz um filho, Gustav Adolf, em 1789, mas sua vida teve um fim trágico. Julie faleceu em 25 de março de 1789 devido à tuberculose pulmonar, conhecida na época como "consumo" ou "morte branca". Sua sepultura ocorreu em 1º de abril do mesmo ano em uma cripta privada dentro da igreja onde nasceu — a Schlosskirche Buch. Com o passar dos anos, no entanto, o local exato de seu túmulo se perdeu na memória coletiva, uma vez que não havia qualquer marcação ou lápide que identificasse a sepultura.

Foi somente com as recentes obras na igreja que os trabalhadores da Oficina Estadual de Monumentos Históricos de Berlim descobriram a cripta forrada com tijolos e preenchida por terra. No interior da cripta, encontraram um caixão de madeira notavelmente bem preservado, adornado com molduras douradas e medalhões neoclássicos elaborados, sugerindo que pertenceu a uma pessoa de alta posição social.

Indícios

O Dr. Sebastian Heber, chefe do Departamento de Preservação do Patrimônio Arqueológico, expressou seu entusiasmo com a descoberta. "O achado é excepcional: o local de sepultamento nos fornece informações valiosas sobre a sepultura extraordinária de uma mulher no final do século XVIII", afirmou. Ele destacou que o estilo e a localização do sepultamento correspondem significativamente aos registros históricos sobre os desejos finais de Julie von Voß.

Segundo o 'Archaeology News', uma porta-voz da Oficina Estadual para Preservação dos Monumentos Históricos comentou que análises genéticas poderão confirmar a identidade, mas o caixão permanece intacto para preservar a santidade do local e manter os restos mortais frágeis.

A descoberta arqueológica confirma relatos escritos da época. A posição da cripta, sua ocupação singular e a riqueza nos detalhes do caixão indicam fortemente que se trata realmente de Julie von Voß. Ela desejava estar sozinha na igreja onde nasceu, e acredita-se que a sepultura encontrada seja essa mesma. Apesar da ausência de lápide ou inscrição, especialistas consideram altamente provável essa identificação.

A redescoberta serve como um lembrete sobre um momento singular da história real prussiana. Funcionários do Escritório Estadual para Monumentos Históricos informaram que a cripta será documentada, protegida e preservada in situ.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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