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Espécie antiga de mamífero nunca antes registrada é descoberta na Mongólia
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Espécie antiga de mamífero nunca antes registrada é descoberta na Mongólia

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Aventuras Na História
29/04/2025 23h00
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16516256/original/open-uri20250429-18-1d7ywp5?1745967859
©Divulgação/Kohei Futaka
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Um fóssil raro de um antigo mamífero do tamanho de um rato foi encontrado no Deserto de Gobi, na Mongólia. Batizado de Ravjaa ishiii, o animal viveu durante o Cretáceo Superior, entre 100 e 66 milhões de anos atrás, época em que os dinossauros ainda dominavam o planeta. A descoberta foi publicada na revista científica Acta Palaeontologica Polonica.

O nome do fóssil homenageia duas figuras importantes: o monge budista do século 19 Dulduityn Danzanravjaa e Kenichi Ishii, ex-diretor do Museu de Ciências Naturais, reconhecido por promover colaborações científicas entre Mongólia e Japão.

A pesquisa foi conduzida pelo Instituto de Paleontologia e Geologia da Academia Mongol de Ciências, em parceria com a Universidade de Ciências de Okayama, no Japão. A expedição ao deserto, realizada em 2019, resultou na descoberta de uma mandíbula inferior com apenas um centímetro de comprimento

Fóssil da mandíbula do mamífero - Tsukasa Okoshi et. al

A peça chamou atenção pelo formato dos molares, mais altos do que o observado em fósseis similares, indicando características até então desconhecidas entre os membros da família Zhelestidae — um grupo de mamíferos extintos que habitaram África, Ásia, Europa e América do Norte.

Implicações

O achado representa o primeiro registro dessa família na Mongólia, e obrigou os cientistas a criarem um novo gênero e espécie para classificar o fóssil.

Pesquisadores acreditam que a evolução dos molares esteja ligada à ascensão das plantas com flores (angiospermas) no período, o que teria estimulado a adaptação alimentar de pequenos mamíferos para consumir sementes e frutos.

Encontrar um fóssil tão minúsculo na vasta extensão do Deserto de Gobi parece um presente do próprio deserto. É nada menos que um milagre", afirmou em comunicado Mototaka Saneyoshi, professor da Universidade de Ciências de Okayama.

O autor principal do estudo, Tsukasa Okoshi, acrescenta ao relatório: "Esperamos que esta descoberta seja apenas o começo para investigações mais amplas sobre a diversidade de pequenos vertebrados — e dinossauros — que viveram no Deserto de Gobi durante a era dos dinossauros."

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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