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Espécie de lagarto é descoberta em meio a fósseis esquecidos em museu
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Espécie de lagarto é descoberta em meio a fósseis esquecidos em museu

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Aventuras Na História
20/06/2025 15h47
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16546555/original/open-uri20250620-18-zkg9jq?1750440535
©Divulgação/Cullen Townsend
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Uma equipe de cientistas revelou uma nova espécie extinta de lagarto após redescobrir um conjunto de fósseis que passou quase 20 anos esquecido em um contêiner no Museu de História Natural de Utah, nos Estados Unidos.

Os restos mortais, datados de 76 milhões de anos, foram encontrados em 2005 na Formação Kaiparowits, dentro do Monumento Nacional Grand Staircase-Escalante, no sul de Utah, uma das regiões mais férteis em fósseis do período Cretáceo Superior. Após a escavação, os ossos acabaram armazenados em um recipiente rotulado apenas como "lagarto", e só recentemente voltaram a chamar atenção.

O responsável por redescobrir os fósseis, segundo o portal Smithsonian, foi Hank Woolley, do Museu de História Natural do Condado de Los Angeles. Ao abrir o contêiner, Woolley percebeu que os fragmentos representavam algo incomum: um esqueleto parcial, mas significativo, de uma espécie até então desconhecida. "Eu... estava tipo, 'oh uau, há um esqueleto fragmentado aqui'", comentou o pesquisador.

Homenagem a Tolkien

A nova espécie foi batizada de Bolg amondol. O nome faz referência a personagens e línguas criadas por J.R.R. Tolkien, autor de O Hobbit. "Bolg" era o nome de um príncipe goblin na obra de Tolkien, enquanto amondol deriva de palavras élficas que significam "cabeça de monte", em alusão aos depósitos ósseos na cabeça do animal, conhecidos como osteodermas.

O Bolg amondol era um monstrossauro — grupo de lagartos grandes, com dentes afiados e pele protegida por placas ósseas. Segundo Woolley, o animal media cerca de um metro de comprimento, incluindo a cauda, e sua aparência lembrava um pequeno monstro saído das rochas. Ele descreveu o réptil como uma criatura que qualquer um preferiria evitar.

Os pesquisadores ressaltam que, apesar de o esqueleto estar em fragmentos, os ossos pertenciam provavelmente a um único indivíduo, sem duplicação de partes como quadris ou membros. Isso permitiu uma análise mais precisa.

Rica diversidade

Além de expandir o conhecimento sobre os ancestrais dos atuais monstros de Gila, a descoberta reforça a ideia de que o sul de Utah, durante o Cretáceo Superior, abrigava uma rica diversidade de lagartos predadores. Até então, os cientistas não tinham evidências de que tantos grandes répteis compartilhassem o mesmo habitat.

O estudo, publicado na revista Royal Society Open Science, ainda destaca que os parentes mais próximos de Bolg vivem hoje no deserto de Gobi, na Ásia, evidenciando antigas conexões biogeográficas entre América do Norte e Ásia, facilitadas pela antiga Ponte Terrestre de Bering.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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