Estudo decifra mensagens secretas descobertas em obelisco egípcio de Paris

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O Obelisco de Luxor, erguido há 3.300 anos por ordem de Ramsés II e hoje exposto na Praça da Concórdia, em Paris, acaba de revelar um novo segredo. O egiptólogo Jean-Guillaume Olette-Pelletier decodificou hieróglifos secretos esculpidos no monumento, sugerindo que as inscrições funcionavam como uma sofisticada propaganda real.
Segundo a pesquisa, as mensagens exaltam Ramsés II como um governante divinamente escolhido, destacando oferendas ao deus Amon e proclamando sua essência divina e vida eterna.
O lado oeste do obelisco, originalmente voltado para o rio Nilo, posicionava as inscrições para serem vistas idealmente por quem navegava nas águas, reforçando o impacto simbólico e político.
Vários significados
Segundo o 'Independent', Olette-Pelletier aponta ainda para o uso de uma "criptografia tridimensional" nas inscrições, com significados que mudam conforme o ângulo de visão. Apesar das descobertas promissoras, o estudo ainda aguarda revisão por pares e investigações mais detalhadas sobre a visibilidade das inscrições a partir do Nilo original.
Obelisco de Luxor
Por quase 200 anos, o centro de Paris foi lar de um tesouro milenar da antiga civilização egípcia: o Obelisco de Luxor. Erguido na imponente Place de la Concorde, no 8º arrondissement, esse monumento de granito vermelho tem mais de 3 mil anos e foi esculpido sob o reinado de Ramsés II, por volta de 1250 a.C.
O obelisco foi presenteado à França no século 19 e transportado do Egito em um navio especialmente construído no início da década de 1830. Em 1836, ele foi instalado por ordem do rei Louis-Philippe no coração da praça parisiense, onde hoje se destaca com uma pirâmide dourada no topo — um adorno acrescentado pelos franceses nos anos 1990.
Por décadas, estudiosos acreditaram que os hieróglifos gravados nos quatro lados do monumento estavam completamente traduzidos. No entanto, uma recente descoberta sugere que ainda havia segredos escondidos à vista de todos.
No final de abril, o egiptólogo Jean-Guillaume Olette-Pelletier, da Universidade Paris-Sorbonne, afirmou a um periódico científico ter identificado sete mensagens ocultas até então desconhecidas, revelando um novo capítulo na história do obelisco.


