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Expedição busca desenterrar navios e tesouros 'dos piratas do Caribe'
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Expedição busca desenterrar navios e tesouros 'dos piratas do Caribe'

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Aventuras Na História
19/06/2025 15h04
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16546005/original/open-uri20250619-18-1ldt1k8?1750345772
©Getty Images
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Uma das franquias mais conhecidas do cinema, 'Piratas do Caribe' conta com cinco filmes, e inclui entre vários de seus personagens algumas figuras reais que marcaram a região do Caribe e, principalmente, o mundo da pirataria. E agora, uma nova expedição promete revelar mais detalhes sobre a vida e a época dos verdadeiros piratas.

Conforme repercute o The Guardian, o renomado arqueólogo marinho britânico Sean Kingsley está codirigindo uma expedição que, pela primeira vez, recebeu permissão para procurar navios piratas em Nassau, na ilha de New Providence, que serviu como esconderijo pirata há 300 anos.

Até agora, ninguém explorou a fundo o mar da região, em busca de navios e tesouros, ou até mesmo pertences cotidianos — que possuem tanto valor para a pesquisa histórica quanto um grande baú cheio de esmeraldas.

"O potencial é enorme", afirma Sean Kingsley ao Guardian. "Esperamos encontrar coisas realmente incríveis, porque este é o verdadeiro lar dos piratas do Caribe. Piratas não mantinham diários registrando sua ilegalidade. O que aconteceu em Nassau ficou em Nassau. Se quisermos descobrir a verdade, teremos que mergulhar para encontrá-la". 

Essa nova jornada nas Bahamas, chamada de Expedição Piratas de New Providence, se dedica principalmente à ciência, educação, entretenimento e turismo nas Bahamas, e se baseia em evidências históricas e arqueológicas para conduzir o primeiro levantamento subaquático. A previsão é ela deve começar em setembro deste ano.

O projeto, vale mencionar, garantiu o primeiro acordo com a Corporação de Antiguidades, Monumentos e Museus das Bahamas, que vai colaborar com as investigações. Além disso, vale destacar que Kingsley explorou mais de 350 naufrágios nos últimos 30 anos, e é editor fundador da revista Wreckwatch, a única do mundo dedicada ao passado afundado.

A exploração também será acompanhada pela afiliada Wreckwatch TV, que vai produzir um documentário, "The Mystery of the Pirate King's Treasure" ("O Mistério do Tesouro do Rei Pirata", em português), que busca trazer "a história, a paisagem em ruínas e os lobos-do-mar da era de ouro da pirataria entre 1696 e 1730 de volta à vida", segundo descrito pelos idealizadores.

"As Bahamas, com suas águas azuis e visibilidade subaquática cristalina, são o sonho de qualquer cineasta. Pela primeira vez na história, os espectadores verão com seus próprios olhos os lugares onde Barba Negra e sua gangue aterrorizaram as Américas", disse ao Guardian o codiretor do filme, Chris Atkins.

"Em algum lugar lá fora estão as garrafas de vinho com as quais eles festejaram, os cachimbos de tabaco que fumaram, os pedaços de oito perdidos descuidadamente e muito mais. Esta é uma oportunidade única de conhecer de perto os verdadeiros piratas do Caribe", complementa Atkins.

Kingsley, quando questionado sobre como devem ser feitas as identificações dos naufrágios, explicou: "geralmente, se você encontrar um naufrágio holandês, inglês ou francês, ele tem um tipo muito específico de cultura material. Se for espanhol, terá jarras de azeite, um bom marcador. Se for britânico, pode ter cachimbos de tabaco de Bristol ou Londres, por exemplo. Em um naufrágio pirata, você encontrará cerâmicas francesas, inglesas e holandesas e uma mistura de moedas, de árabes a britânicas, além de armas como potes fedorentos, armas explosivas usadas por piratas".

Era da pirataria

Na era da pirataria, as Bahamas servia como um importante cruzamento comercial, e fontes históricas sugerem que mais de 500 navios naufragaram na costa de New Providence desde a década de 1680. Entre eles, pode estar uma grande variedade de navios piratas.

Entre os episódios notórios da pirataria que ocorreram na região está uma ocasião de 1718, na qual o corsário Woodes Rogers navegou para Nassau para se tornar governador, e notou 40 navios apreendidos na costa que foram "queimados ou afundados" para destruir evidências e "cerca de 700 piratas".

Outro caso se deu antes, em 1696, quando o famoso pirata Henry Every navegou para Nassau em seu navio, o Fancy, carregado de pilhagens, e usou parte do tesouro para subornar o governador das Bahamas, estabelecendo assim Nassau como base para outros piratas. Inclusive, um dos naufrágios mais procurados pela nova expedição é o próprio Fancy.

"Every, de Plymouth, acendeu o pavio e lançou a granada que deu início à era de ouro da pirataria após saquear um navio mogol, avaliado em US$ 108 milhões, na Índia. Ele então navegou para Nassau em 1696 para se esconder, festejar e para que a tripulação se desfizesse da sua parte do saque", afirmou Kingsley. "Every afundou o Fancy em Nassau. É a joia da coroa dos navios piratas. Se encontrássemos algo associado a ele, seria espetacular. Seu saque foi o maior e mais bem-sucedido assalto pirata em alto mar".

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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