Exposição revive naufrágio do navio de guerra London com achados inéditos

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O Museu Central de Southend abriu as portas de uma nova e ambiciosa exposição: “O Naufrágio de London: Sua Última Viagem”, que oferece aos visitantes uma imersão no cotidiano e na tragédia dos tripulantes do navio de guerra London, destruído em 1665 por uma explosão de pólvora no estuário do Tâmisa.
Construído durante o Interregno, entre 1654 e 1656, o London serviu tanto à marinha de Cromwell quanto à monarquia restaurada. Foi peça-chave na Guerra Anglo-Espanhola e participou da frota que trouxe Carlos II de volta do exílio, com seus irmãos Jaime II e VII.
Seu fim trágico, que matou cerca de 300 pessoas, foi registrado por Samuel Pepys em seu famoso diário. A causa da explosão, até hoje, permanece um mistério.
Acervo
A nova mostra reúne objetos orgânicos raramente preservados em ambiente submerso, como capas de livros de couro e itens pessoais dos tripulantes, recuperados graças a técnicas avançadas de conservação lideradas por Angela Middleton, conservadora arqueológica da Historic England.
Um dos grandes destaques é uma carruagem de madeira do século 17, nunca antes exibida ao público — uma relíquia que sobreviveu ao tempo e à água, evidenciando o nível de habilidade artesanal da época.

A curadora de arqueologia dos Museus de Southend, Jools McCusker Maxwell, celebrou o projeto, em depoimento ao Archaelogy News:
Explorando a conservação meticulosa e as análises especializadas dos objetos, juntamente com a narrativa histórica da vida a bordo, esperamos que esta exposição esclareça os visitantes sobre o que acontece com os objetos arqueológicos após serem escavados.”
Com elementos interativos e educativos, a exposição também é voltada ao público jovem e famílias, que podem aprender mais sobre arqueologia marítima por meio de atividades práticas. Uma monografia completa será lançada em breve pela Cotswold Archaeology, reunindo os achados da escavação e os bastidores da recuperação do navio.
O London, mais que uma embarcação naufragada, é agora um portal para a compreensão de um capítulo turbulento da história britânica — e a nova exposição promete lançar luz não apenas sobre sua destruição, mas sobre a vida a bordo de seus marinheiros.


