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Fim do mistério: destino de colonos perdidos de Roanoke é descoberto
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Fim do mistério: destino de colonos perdidos de Roanoke é descoberto

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Aventuras Na História
13/05/2025 16h08
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©Getty Images
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Um dos vários mistérios sem solução da história, o desaparecimento dos colonos de Roanoke, foi finalmente desvendado. Após mais de 400 anos, finalmente pesquisadores encontraram evidências do paradeiro dos primeiros colonos ingleses da América do Norte.

Toda a história começa com o governador inglês John White que, no século 16, liderou um grupo com 118 pessoas — homens, mulheres e crianças — até a ilha de Roanoke, onde estaria o primeiro posto avançado da Inglaterra na América do Norte. Eles chegaram lá em julho de 1587, antes do que hoje é tomada como a primeira colônia inglesa permanente nas Américas, Jamestown, de 1607.

Porém, os recém-chegados enfrentaram grande dificuldade na região, principalmente para conseguir alimentos e nas relações com os nativos, conforme os relatos. Até o ponto em que White se viu na necessidade de retornar à Inglaterra em busca de recursos.

Nessa ocasião, White instruiu seus colonos a manter o posto avançado que estabeleceram, obter alimentos e materiais, e até encontrar um lugar melhor para se assentarem no interior. Caso deixassem Roanoke, deveriam esculpir seu destino nas árvores, para quando ele retornasse.

Porém, a missão de White acabou enfrentando várias intempéries, como o ataque da Armada Espanhola à Inglaterra, e ele só conseguiu retornar a Roanoke em agosto de 1590. Quando chegou ao acampamento, se deparou com o local completamente vazio, e com o inscrito "Croatoan" em uma árvore próxima.

Por todo o local, não havia quaisquer sinais de luta, e os prédios e fortificações foram desmantelados, o que sugeria que os colonos partiram por conta própria. A mensagem na árvore sugeria que eles partiram para se juntar aos amigáveis nativos Croatoan, onde hoje fica a Ilha Hatteras, 80 quilômetros ao sul; White tentou encontrá-los em vários locais, mas os colonos nunca mais foram vistos.

Ao longo da história, várias teorias tentavam explicar o destino dos colonos perdidos de Roanoke, indo desde eles terem sido massacrados por nativos, morte por inanição, prisão por outra tribo, ou mesmo que se estabeleceram com sucesso em outra área no interior. Mas, só agora, arqueólogos finalmente desvendaram o destino destas pessoas.

Mistério resolvido

Há mais de uma década, os arqueólogos Mark Horton e Scott Dawson escavam uma área ao redor de Buxton, na Ilha Hatteras, e no último mês de abril identificaram grandes quantidades de escamas de martelo no solo, que datam justamente do século 16. Essa tecnologia, porém, não era comum aos nativos, mas familiar aos colonos ingleses.

"A escama de martelo mostra que os colonos ingleses viveram entre os Croatoans em Hatteras e acabaram sendo absorvidos pela comunidade deles", conta Mark Horton, professor de arqueologia na Royal Agricultural University do Reino Unido, ao Daily Mail. "De uma vez por todas, essa evidência irrefutável responde a todas as perguntas sobre o suposto mistério da colônia perdida".

Além disso, durante as escavações, a dupla ainda descobriu armas, um emblema de metal da realeza inglesa na forma da rosa Tudor, e uma moeda europeia. Embora todos esses achados indicassem a presença de colonos ingleses, ainda era possível que eles tivessem chegado na região através de comércio ou por algum colono que passava por ali.

Tira de baú e bolas de chumbo que indicam presença de colonos em Hatteras / Crédito: Divulgação/Scott Dawson

Porém, os restos de escamas de martelo, um subprouto da forja de metal, revelam que os colonos permaneceram escondidos por ali durante algum tempo, possivelmente enquanto aguardavam um grupo de resgate que nunca chegou.

Os arqueólogos também apontam para relatos históricos do explorador inglês John Lawson, que visitou Hatteras muito depois, no início dos anos 1.700. Lá, ele disse ter conhecido pessoas de olhos cinzentos que usavam roupas inglesas e falavam sobre seus ancestrais brancos e cristianismo.

Com isso, Dawson conclui que os membros da colônia Roanoke enfrentaram escassez de alimentos e nativos hostis, problemas recorrentes dos colonos, mas em algum momento entre 1857 e 1590 partiram para se juntar aos Croatoans, com quem tinham melhores relações.

"É o fim do mistério", concluiu Dawson. "A narrativa da colônia perdida foi uma campanha de marketing. As fontes primárias são claras, e agora temos evidências empíricas para comprová-la. Mas, infelizmente, é difícil matar um mito".

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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