França prende 11 por ataques de ódio a judeus e mulçumanos
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Autoridades sérvias prenderam 11 pessoas acusadas de promover crimes de ódio na França entre abril e setembro deste ano. O grupo teria colocado cabeças de porco em frente a mesquitas na região de Paris, além de depredar sinagogas e outros locais de culto judaico. Segundo investigadores, as ações faziam parte de uma campanha planejada para provocar divisões religiosas e sociais.
As detenções ocorrem em meio a um clima de tensão na França, marcado pelo aumento de manifestações antissemitas e episódios de islamofobia. Os alvos foram escolhidos por seu simbolismo, numa tentativa de intimidar comunidades específicas e gerar repercussão midiática. O ato de abandonar cabeças de porco, considerado altamente ofensivo para muçulmanos, se repetiu em diferentes pontos do país, alimentando temor entre fiéis.
Ataques de ódio
O Ministério do Interior da Sérvia informou que os suspeitos foram treinados por um homem ainda foragido, que teria ligação com um serviço de inteligência estrangeiro. As autoridades não revelaram a origem desse comando, mas afirmaram que o objetivo da operação era documentar os crimes, fotografá-los e disseminar as imagens para amplificar seu impacto.
Além das mesquitas, sinagogas e um memorial do Holocausto em Paris e Berlim também foram alvos de pichações e atos de vandalismo. Para promotores franceses, trata-se de uma estratégia coordenada para instigar hostilidade e enfraquecer a coesão social.
Defensores de direitos humanos alertam que tais crimes ultrapassam a esfera das comunidades diretamente atingidas, criando um ambiente de desconfiança que pode dificultar a convivência pluralista. Como resposta, o governo francês prometeu reforçar a segurança em locais de culto, endurecer punições contra crimes de ódio e ampliar a cooperação internacional para rastrear redes de provocadores.
A Sérvia, por sua vez, anunciou que seguirá investigando para localizar o suspeito considerado mentor do grupo.