Home
Notícias
Governo Trump registra deputada Erika Hilton como homem em visto dos EUA
Notícias

Governo Trump registra deputada Erika Hilton como homem em visto dos EUA

publisherLogo
Aventuras Na História
16/04/2025 13h30
icon_WhatsApp
icon_facebook
icon_email
https://timnews.com.br/system/images/photos/16507589/original/open-uri20250416-18-1ccpa70?1744810624
©Divulgação/Câmara dos Deputados/Zeca Ribeiro / Getty Images
icon_WhatsApp
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE

A deputada federal Erika Hilton (PSOL) teve seu gênero registrado como masculino no visto emitido pelos Estados Unidos. Ela iria participar da Brazil Conference at Harvard & MIT 2025, em missão oficial autorizada pela presidência da Câmara.

Em entrevista à Folha, Erika afirmou que apresentou sua certidão de nascimento e passaporte diplomático — ambos com identificação feminina — durante o processo. Apesar disso, o novo documento foi emitido com o gênero masculino, sem que ela tivesse fornecido qualquer informação nesse sentido.

Diante da situação, classificou o episódio como uma violação de seus direitos civis e da soberania nacional. Ela afirmou que levará o caso à ONU e à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, e cobrou um posicionamento do Itamaraty. Para a deputada, o ocorrido ultrapassa o limite da transfobia:

Não se trata apenas de um caso de transfobia. Se trata de um documento sendo rasgado sem o menor tipo de pudor e compromisso. Irei acionar o presidente Donald Trump judicialmente na ONU e na Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Queremos que o Itamaraty chame o embaixador para dar explicações", afirmou.

Viagem cancelada

Erika disse ter sentido medo de constrangimentos ou até violência por parte das autoridades americanas, já que seu nome consta como feminino, mas o gênero descrito era masculino. Por isso, recusou-se a usar o visto e cancelou a viagem aos EUA.

"Me senti violada, desrespeitada e senti as competências do meu país sendo invadidas por uma pessoa completamente alucinada, um homem doente que ocupou a presidência da República dos EUA e se sente dono da verdade. Meus documentos civis brasileiros foram desrespeitados", acrescentou à Folha.

O episódio ocorre sob diretrizes da gestão Trump, que assinou em janeiro uma ordem executiva reconhecendo apenas os gêneros masculino e feminino, excluindo qualquer referência à identidade de gênero em formulários oficiais.

Além disso, os EUA suspenderam a emissão de passaportes com marcação de gênero "X", voltados a pessoas não binárias — medida que havia sido aprovada sob o governo Biden. Até o momento, a embaixada dos EUA no Brasil não se pronunciou sobre o caso.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
icon_WhatsApp
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE
Confira também