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Impacto cósmico pode ter dizimado civilização há 12.800 anos
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Impacto cósmico pode ter dizimado civilização há 12.800 anos

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Aventuras Na História
17/09/2025 21h43
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Novas evidências geológicas encontradas em sedimentos da Califórnia, do Arizona e do Novo México indicam que um evento cósmico catastrófico pode ter destruído uma cultura próspera e alterado drasticamente o clima há mais de 12.800 anos.

Pesquisadores identificaram quartzo chocado — minerais deformados sob pressões extremas — datado de aproximadamente 10.800 a.C., sinal claro de um impacto de meteorito ou de uma explosão atmosférica em larga escala.

Os depósitos analisados coincidem com o desaparecimento repentino do povo Clovis, caçadores-coletores que dominaram a América do Norte por séculos.

Ferramentas características dessa cultura desaparecem abruptamente dos registros arqueológicos pouco depois desse período, enquanto o continente enfrentava incêndios florestais, mudanças climáticas severas e a extinção de mais de 70% da megafauna, incluindo mamutes, tigres-dente-de-sabre, cavalos e camelos.

Estudos

Os locais estudados — Blackwater Draw, Murray Springs e Arlington Canyon — exibem camadas conhecidas como “tapetes pretos”, marcadores do início do Dryas Recente, um período de resfriamento súbito que durou cerca de 1.200 anos.

Em Blackwater Draw, por exemplo, artefatos Clovis aparecem logo abaixo desse depósito, ao lado de restos de um mamute caçado. Em Arlington Canyon, restos humanos foram encontrados sob o mesmo tapete, seguidos por um hiato de ocupação de até 800 anos, sugerindo colapso populacional.

Segundo o ‘Daily Mail’, para confirmar a origem do material, os cientistas submeteram o quartzo a análises laboratoriais avançadas e simulações computacionais.

Eles concluíram que os padrões de choque eram comparáveis aos encontrados em explosões nucleares, na Cratera de Meteoro (Arizona) e em outros locais associados ao início do Dryas Recente na Síria, Venezuela, Países Baixos e leste dos EUA. Alguns grãos revelaram sinais de exposição a temperaturas acima de 1.700 °C, resultando em recristalização parcial.

“Esses sítios estão entre os mais bem documentados da América do Norte, cada um fornecendo evidências cruciais de uma inter-relação entre o colapso do tecnocomplexo de Clovis e a extinção da megafauna”, afirma o estudo publicado na PLOS ONE.

Para os pesquisadores, a presença de quartzo chocado fortalece o vínculo temporal e espacial entre o evento cósmico e a transformação cultural e ambiental do continente.


*Sob supervisão de Fabio Previdelli

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