Invasora do Capitólio perdoada por Trump é condenada à prisão por homicídio

Aventuras Na História






Uma das primeiras ações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao retornar à Casa Branca, foi conceder perdão aos participantes do ataque ao Capitólio, ocorrido em 6 de janeiro de 2021.
No entanto, Emily Hernandez, de 24 anos, uma das beneficiadas pela medida, precisará voltar para a prisão. Ela foi condenada a 10 anos de cárcere por matar uma mulher enquanto dirigia embriagada.
Durante a invasão ao Capitólio, Emily foi flagrada segurando a placa de identificação quebrada da então presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi. Pelo envolvimento no episódio, ela cumpriu 30 dias de encarceramento em uma prisão federal antes de ser liberta. No entanto, nesta quarta-feira, 29, um tribunal estadual do Missouri a sentenciou por um acidente fatal ocorrido em janeiro de 2022.
Condenação
Na noite do crime, Emilydirigia embriagada na contramão de uma rodovia interestadual no Missouri, quando colidiu com o carro de Victoria Wilson, de 32 anos, e seu marido, Ryan Wilson.
O casal comemorava 15 anos de casamento quando sofreu o impacto devastador. Victoriamorreu em decorrência dos ferimentos, enquanto Ryan ficou com uma lesão incapacitante no pé direito.
Testes apontaram que o nível de álcool no sangue de Emily era de 0,125, bem acima do limite legal. Em novembro de 2023, ela se declarou culpada e admitiu sua responsabilidade no acidente.
“Nada jamais a trará de volta. Tenho um buraco vazio em meu coração que sempre estará lá”, desabafou à imprensa local Tonie Donaldson, mãe da vítima, quando saiu do tribunal.
Perdão presidencial
No primeiro dia de seu segundo mandato, Trump concedeu indultos ou reduções de pena a todos os condenados pelo ataque ao Capitólio. Aproximadamente 1.500 pessoas foram beneficiadas com perdões incondicionais, enquanto 14 tiveram suas sentenças reduzidas, incluindo Stewart Rhodes, fundador do grupo de extrema-direita Oath Keepers.
No caso de Emily, o perdão não influenciou sua nova condenação, pois o crime de homicídio no trânsito foi julgado na esfera estadual. Os advogados da jovem pediram uma pena reduzida de 120 dias, alegando que ela estava envergonhada e arrependida de suas ações.
“A composição emocional de Emily conterá para sempre sentimentos de remorso, pesar, tristeza e vergonha”, argumentou a defesa em declaração.


