Home
Notícias
Investigadores focam nas ações do piloto após acidente fatal da Air India
Notícias

Investigadores focam nas ações do piloto após acidente fatal da Air India

publisherLogo
Aventuras Na História
17/07/2025 16h35
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
https://timnews.com.br/system/images/photos/16563403/original/open-uri20250717-36-otsccj?1752770705
©Getty Images
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE

Uma recente investigação nos Estados Unidos está concentrando sua atenção nas ações do capitão do voo da Air India, que resultou em um trágico acidente aéreo no qual 260 vidas foram perdidas.

A companhia aérea anunciou que, após o desastre, não encontrou "nenhum problema" com os interruptores de combustível em suas outras aeronaves Boeing.

Um relatório preliminar, divulgado na semana passada pela autoridade de aviação indiana, revelou que os interruptores responsáveis pelo fornecimento de combustível aos motores foram desativados "um após o outro" logo após a decolagem do aeroporto de Ahmedabad.

Essa ação levou à falta de combustível nos motores, resultando no desligamento destes e na subsequente queda da aeronave que seguia para Londres, ocasionando a morte de 241 pessoas a bordo e 19 no solo.

Dossiê

O documento inicial não fez recomendações contra a fabricante Boeing, responsável pelo modelo 787 Dreamliner. Contudo, como medida preventiva, a Air India ordenou uma inspeção dos mecanismos de bloqueio dos interruptores de controle de combustível em todas as suas aeronaves Boeing. Um representante da companhia confirmou que as verificações foram concluídas sem quaisquer problemas identificados.

De acordo com informações publicadas pelo Wall Street Journal (WSJ), uma avaliação preliminar realizada por autoridades norte-americanas indicou que os investigadores estão agora voltando seu foco para o capitãoSumeet Sabharwal, um piloto experiente que é suspeito de ter desligado os interruptores de combustível.

Registros da caixa-preta apontam que o primeiro oficial Clive Kunder estava pilotando durante a decolagem e questionou o capitão sobre a desativação dos interruptores, ao que Sabharwal teria respondido que não foi ele quem fez isso.

A reportagem do WSJ, baseada em fontes anônimas próximas à investigação, sugere que Kunder teria entrado em pânico enquanto o capitão permaneceu calmo.

No entanto, as fontes não confirmaram se a ação foi intencional ou acidental. Há também indícios de que autoridades federais dos EUA consideram a possibilidade da participação de investigadores criminais no caso.

Embora o WSJ tenha trazido esses detalhes, as autoridades indianas ainda não atribuiram culpa a ninguém na investigação preliminar. O relatório indiano apenas resumiu a troca entre o piloto e o primeiro oficial, sem atribuir citações diretas. Uma transcrição detalhada da discussão gravada ainda não foi divulgada.

Após a movimentação dos interruptores para religá-los, um dos motores reiniciou, mas isso não foi suficiente para reverter a desaceleração da aeronave. Uma mensagem de emergência foi enviada ao controle de tráfego aéreo apenas 32 segundos após a decolagem.

A Federação de Pilotos Indianos criticou veementemente o relato do WSJ, classificando-o como "infundado" e acusando-o de tentar responsabilizar o piloto. O ministro da aviação civil da Índia, Kinjarapu Ram Mohan Naidu, pediu cautela para não "tirar conclusões precipitadas", ressaltando a importância do bem-estar dos pilotos indianos.

Duas entidades representativas dos pilotos condenaram qualquer sugestão de erro humano como "irresponsável e infundada". Além disso, um relatório do Indian Express indicou que os investigadores estão analisando falhas técnicas anteriores na aeronave para avaliar a possibilidade de uma "transição não comandada" nos interruptores de controle de combustível.

Familiares das 260 vítimas expressaram sua frustração com o caráter "vago e impreciso" do relatório preliminar. Em comunicado enviado aos funcionários após a divulgação do documento, o CEO da Air India, Campbell Wilson, reconheceu que o relatório gerou "questões adicionais", mas instou todos a "evitar conclusões precipitadas já que a investigação está longe de ser concluída."

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE
Confira também