Irmãos Menendez retornam ao tribunal para audiência decisiva

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Nesta terça-feira, 13, Erik e Lyle Menendez voltam ao tribunal em Los Angeles para uma audiência de nova sentença que pode determinar se eles terão uma chance de deixar a prisão após quase três décadas cumprindo pena perpétua pelo assassinato de seus pais, em 1989. O caso, um dos mais notórios da década de 90, reacende o debate sobre abuso familiar, justiça juvenil e reabilitação.
A audiência, que deve durar dois dias, será conduzida pelo juiz Michael Jesic e tem como objetivo decidir se os irmãos, condenados por homicídio qualificado em 1996, devem receber uma sentença menor, de 50 anos à prisão perpétua, o que lhes permitiria solicitar liberdade condicional segundo a lei californiana voltada a jovens infratores. Erik tinha 18 anos e Lyle, 21, quando cometeram os crimes.
O advogado de defesa Mark Geragos pretende pedir a redução das acusações para homicídio culposo, o que poderia resultar na libertação imediata dos réus. Ele planeja apresentar testemunhos de pelo menos sete familiares, que, em sua maioria, apoiam a libertação dos irmãos. Erik e Lyle comparecerão virtualmente.
Debates
A promotoria, no entanto, se opõe firmemente à nova sentença. O atual promotor do condado de Los Angeles, Nathan Hochman, alega que os irmãos nunca assumiram plena responsabilidade pelos crimes e contesta que tenham sofrido abuso. A acusação também aponta recentes violações de regras prisionais, como o uso de celulares contrabandeados, e cita um laudo psicológico que sugere risco moderado de reincidência em atos violentos.
Já o ex-promotor George Gascón havia recomendado a reavaliação da sentença, citando disfunção familiar grave e alegações de abuso sexual paterno como fatores determinantes no caso. Segundo o 'The Guardian, ele ressaltou que, sob a ótica da justiça moderna, o caso teria sido conduzido de forma diferente.
Durante os anos de encarceramento, os irmãos Menendez conquistaram diplomas universitários, participaram de programas de reabilitação e atuaram como mentores de outros detentos. A maioria dos membros da família, incluindo um tio recentemente falecido, afirmou perdoá-los e defendeu sua libertação.


