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Lendária bacia holandesa não é totalmente autêntica, descobrem pesquisadores
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Lendária bacia holandesa não é totalmente autêntica, descobrem pesquisadores

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Aventuras Na História
09/06/2025 10h36
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16540288/original/open-uri20250609-56-cq0lo8?1749468008
©Divulgação/inv. NG-NM-583 e inv. NG-NM-582
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Pesquisadores acabam de desvendar a verdadeira origem de uma famosa bacia de prata exposta no Rijksmuseum, em Amsterdã. Durante muito tempo, acreditou-se que a peça teria sido forjada inteiramente com a prata saqueada da frota espanhola em 1628 pelo almirante holandês Piet Heyn. No entanto, um estudo recente publicado no Journal of Cultural Heritage revelou que essa associação não é totalmente precisa.

A pesquisa utilizou análises de isótopos de chumbo para investigar a procedência do metal. Segundo Joosje van Bennekom, líder do estudo, "era comum a prata ser refundida e reutilizada na época." A ideia de que a bacia foi feita exclusivamente com a prata do saque espanhol parece ter surgido apenas no século 19, quando cresciam os discursos nacionalistas em busca de símbolos históricos.

Segundo informações do portal de notícias Galileu, os cientistas compararam a composição isotópica da prata presente na bacia e em um jarro que a acompanha, cruzando os dados com amostras de minas mexicanas, bolivianas e europeias.

Resultados

O jarro demonstrou compatibilidade com a prata extraída das Américas, enquanto a bacia revelou uma mistura de origens, incluindo metais europeus, sugerindo que não se trata de uma peça integralmente feita com o espólio capturado.

O jarro carrega uma inscrição clara que o vincula à frota conquistada: "Este jarro veio da Frota de Prata conquistada pelo Senhor Tenente-Almirante Pieter Pieters Heyn, em 16 de setembro de 1628". Além disso, marcas específicas como o contraste "Fo ENRIQZ" e um símbolo com pilares de Hércules indicam que a peça foi confeccionada entre 1606 e 1628.

Já a bacia apresenta um estilo e origem distintos. Sua inscrição menciona a Companhia das Índias Ocidentais e data de 1684, muito depois da famosa batalha. Ela só aparece em registros históricos a partir de 1808, sugerindo que foi incorporada tardiamente como forma de homenagem ao feito naval de Heyn. Essa narrativa foi reforçada décadas depois por uma revista popular, que consolidou a ideia de que tanto a bacia quanto o jarro pertenciam ao mesmo conjunto.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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