Madeleine McCann: suspeito no caso diz ter confrontado promotor
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Christian Brückner, considerado o principal suspeito no desaparecimento de Madeleine McCann em 2007, diz ter confrontado o promotor do caso, Hans Christian Wolters, logo após ser liberto da prisão.
Brückner havia cumprido sete anos de pena por estupro e agora tenta se defender das acusações que o ligam ao desaparecimento da menina britânica, um dos casos criminais mais intrigantes das últimas décadas. Em entrevista à imprensa local, o alemão afirmou que procurou Wolters para cobrar responsabilidade pelas declarações públicas feitas pelo promotor, que chegou a dizer ter provas de que Madeleine estaria morta e que Brückner seria o autor do crime.
Ele se recusou a me receber, mas deixei claro ao representante dele que quero ajuda para recuperar minha vida”, declarou, conforme repercute o Independent. Brückner continua a negar qualquer envolvimento com o caso.
Caso Madeleine McCann
Apesar de sua liberação, autoridades britânicas confirmaram que ele segue sendo formalmente considerado suspeito no Reino Unido. Na Alemanha e em Portugal, as investigações também permanecem em curso em cooperação internacional. Wolters, por sua vez, afirmou que a soltura de Brückner “não altera o andamento” das apurações.
Desde que deixou a prisão, o suspeito teve o passaporte retido e passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica. No entanto, enfrentou forte resistência de moradores e políticos locais, que protestaram contra sua permanência na comunidade. O clima de hostilidade obrigou as autoridades a transferi-lo para um local mantido em sigilo.
A defesa de Brückner acusa o Ministério Público alemão de conduzir um “pré-julgamento midiático”, criando uma imagem de culpabilidade sem haver provas concretas apresentadas em tribunal. Seu advogado, Friedrich Fulscher, alega à imprensa local que a postura da promotoria tornou “impossível” qualquer chance de reintegração social para o cliente.
Embora Wolters mantenha a convicção de que Brückner é o responsável pelo desaparecimento de Madeleine, o alemão nunca foi formalmente acusado de assassinato no caso. A contradição entre declarações públicas e o andamento jurídico reforça a complexidade e a polêmica em torno de uma investigação que há quase duas décadas continua a mobilizar atenção internacional.
