Mãe é presa nos EUA após comprar armas para filho cometer massacre em escola

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Uma moradora do estado americano do Texas foi acusada de envolvimento com terrorismo após comprar armas, munições e equipamentos táticos para seu filho de apenas 13 anos, que vinha demonstrando interesse recorrente em realizar um massacre escolar. A acusação foi feita pela polícia de San Antonio com base em documentos judiciais divulgados nesta semana.
Ashley Pardo, de 33 anos, foi presa na última segunda-feira sob a alegação de que não apenas ignorou os sinais de comportamento violento do filho, como também o recompensou com armas por cuidar dos irmãos mais novos. Segundo a polícia, ela "não demonstrava preocupação" com o comportamento do menino.
Na mesma segunda-feira, o adolescente foi até a escola Jeremiah Rhodes Middle School, em San Antonio, após dizer à avó que "iria se tornar famoso". Ele permaneceu brevemente na escola antes de ir embora e, mais tarde, foi detido fora do campus, conforme comunicado da diretora da escola, Felismina Martinez, publicado no Facebook.
De acordo com informações do portal O Globo, o garoto agora responde por acusações de terrorismo e porte ilegal de armas. O chefe de polícia de San Antonio, William McManus, afirmou em entrevista coletiva que as acusações se baseiam "no simples fato de que o jovem aparentemente planejava algum ato de violência, com base nas coisas que descobrimos que ele estava fazendo, e a mãe o estava ajudando".
McManus destacou que esta é a primeira vez que uma acusação de terrorismo é apresentada no Condado de Bexar desde a criação do crime por uma lei estadual de 2023.
Segundo o auto de prisão, os comportamentos preocupantes do menino começaram a ser registrados em janeiro. Funcionários da escola encontraram um mapa feito à mão com o título "rota do suicídio" e o desenho de um fuzil. Ele também teria revelado fascínio por autores de massacres em massa do passado.
Em abril, o adolescente foi suspenso por usar um computador da escola para pesquisar o atentado de 2019 contra duas mesquitas em Christchurch, na Nova Zelândia, que deixou mais de 50 mortos. O responsável pelo ataque havia declarado apoio a ideologias supremacistas brancas — tema que também parecia atrair o jovem.
No mesmo dia da suspensão, ele tentou o suicídio com uma navalha e sofreu ferimentos graves, que exigiram dezenas de pontos. Após um período em uma escola alternativa, retornou à Jeremiah Rhodes no início de maio.
Pouco depois, a avó do menino alertou as autoridades. Ela relatou que a mãe havia levado o garoto a uma loja de artigos militares e comprado armamentos e equipamentos táticos. Também encontrou no quarto do neto um artefato explosivo caseiro com o nome do autor do massacre de Christchurch escrito, símbolos supremacistas brancos e carregadores de armas municiados.
Na segunda-feira da prisão, o adolescente apareceu na escola usando máscara, calça tática e jaqueta camuflada, o que aumentou os temores de um possível ataque iminente.
Mãe foi alertada
Os registros policiais indicam que Pardo foi alertada por funcionários da escola, serviços de proteção à criança e pela polícia sobre os pensamentos violentos e os desenhos produzidos pelo filho. Ainda assim, ela teria se mostrado "desdenhosa" diante das advertências, o que levou à sua acusação formal por colaborar com um possível ato terrorista.


