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Monte Rinjani, onde brasileira morreu após trilha, possui histórico de acidentes
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Monte Rinjani, onde brasileira morreu após trilha, possui histórico de acidentes

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Aventuras Na História
24/06/2025 15h22
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©Getty Images
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Nos últimos anos, o Monte Rinjani, um dos destinos turísticos mais procurados da Indonésia, tem sido palco de uma série de acidentes fatais. Entre dezembro de 2021 e maio de 2025, pelo menos seis pessoas morreram na região, a maioria após quedas em desfiladeiros durante trilhas. 

A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, é a vítima mais recente. Ela morreu após cair de um penhasco no sábado, 21, e permanecer por mais de três dias à espera de resgate. Natural de Niterói (RJ), ela viajava pela Ásia desde fevereiro, em um mochilão com apoio de uma agência de turismo. 

Estava acompanhada por cinco turistas e um guia local quando iniciou a subida. No segundo dia, decidiu parar para descansar e acabou se separando do grupo. Segundo a família, o guia prosseguiu sem aguardar, e Juliana se desequilibrou, caindo em um desfiladeiro. Seu corpo foi encontrado a mais de 600 metros de profundidade.

Com 3.726 metros de altitude, o Monte Rinjani é o segundo vulcão mais alto da Indonésia. Suas trilhas são conhecidas pelo grau de dificuldade, que inclui subidas íngremes, mudanças bruscas no clima e risco constante de neblina. A travessia pode levar de dois a quatro dias.

"É uma escalada perigosa, especialmente para iniciantes", explicou Astudestra Ajengrastri, editora da BBC na Ásia, ao veículo. “A maioria dos montanhistas começa a subida por volta das 2h da manhã, com lanternas simples e pouca visibilidade, em busca do nascer do sol no cume. Em caso de neblina, os penhascos ficam praticamente invisíveis. E quando chove, o solo arenoso se torna extremamente escorregadio.”

Apesar dos perigos, a região continua atraindo milhares de visitantes todos os anos. Relatos em plataformas como o TripAdvisor descrevem a experiência como "extenuante" e "extremamente desafiadora". A falta de regulamentação rigorosa, a presença de trilhas não oficiais e o uso inadequado de equipamentos agravam os riscos, especialmente para turistas sem experiência.

Em 2016, uma erupção do vulcão forçou a evacuação de cerca de 400 pessoas da trilha, destacando os perigos naturais do local. Essa foi a última vez que o Monte Rinjani entrou em atividade.

Mortes recentes

Segundo informações da BBC, além da morte de Juliana, outras cinco foram registradas na região desde o fim de 2021. Em dezembro daquele ano, um montanhista de 26 anos, natural de Surabaya, morreu após cair em um desfiladeiro de 100 metros de profundidade enquanto subia o Rinjani pela rota de Senaru, em North Lombok. 

Em agosto de 2022, o português Boaz Bar Anam, de 37 anos, despencou de um penhasco no cume do monte enquanto tirava uma selfie. O acidente ocorreu no dia 19 e o corpo só foi retirado três dias depois. Em junho de 2024, a suíça Melanie Bohner morreu ao cair durante uma escalada na trilha do Bukit Anak Dara, que fica na mesma região. Ela estava sozinha, em uma rota ilegal não recomendada pelas autoridades locais. 

Já em setembro de 2024, um escalador de Jacarta desapareceu após supostamente cair em um desfiladeiro na área do Rinjani. Seu corpo foi encontrado dias depois por um drone com câmera térmica, a centenas de metros de profundidade. Por fim, em maio de 2025, o malaio Rennie Bin Abdul Ghani, de 57 anos, morreu ao despencar em uma ravina de até 100 metros durante a descida pela trilha de Banyu Urip, na rota de Torean.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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