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Mosaico erótico retorna a Pompeia após décadas de tráfico
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Mosaico erótico retorna a Pompeia após décadas de tráfico

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Aventuras Na História
15/07/2025 17h00
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16561914/original/open-uri20250715-35-1m9cysq?1752599111
©Divulgação/Anadolu
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Um mosaico erótico, que foi saqueado de Pompeia por um capitão da Wehrmacht durante a Segunda Guerra Mundial, retornou ao seu local de origem nas ruínas da antiga cidade romana.

Este artefato, que retrata um casal apaixonado e data de um período que varia entre o século 1 a.C. e o século 1 d.C., estava entre os bens deixados por um cidadão alemão falecido, que recebeu o mosaico como presente de um oficial responsável pela logística militar alemã na Itália durante o conflito.

A descoberta do mosaico na Alemanha ocorreu após os familiares do falecido entrarem em contato com a unidade de proteção do patrimônio cultural da Carabinieri, em Roma, manifestando interesse em devolvê-lo ao estado italiano.

Após uma análise detalhada que confirmou a autenticidade da obra, acreditada para ter decorado o piso de um quarto em uma residência de Pompeia, as autoridades italianas organizaram sua repatriação através do consulado em Stuttgart.

Segundo o 'The Guardian', o mosaico ficará temporariamente no Antiquarium de Pompeia, um museu que abriga relíquias encontradas durante escavações na área, enquanto novos estudos são realizados.

Gabriel Zuchtriegel, diretor do parque arqueológico de Pompeia, comentou: "Cada artefato saqueado que retorna é uma ferida que se cura. Agradecemos à unidade de proteção pelo trabalho realizado". Ele ressaltou que a verdadeira dor não reside apenas no valor material da peça, mas sim em seu valor histórico, comprometido pelo tráfico ilícito de antiguidades.

A origem exata do mosaico permanece desconhecida e pode nunca ser totalmente esclarecida. Zuchtriegel afirmou: "Conduziremos estudos adicionais e análises arqueométricas para verificar sua autenticidade e reconstruir sua história na medida do possível".

Recuperações

Desde sua criação em 1969, a unidade policial especializada já recuperou mais de 3 milhões de obras de arte e relíquias que foram roubadas de locais culturais italianos.

No ano de 2021, seis fragmentos de afrescos retirados das ruínas das antigas vilas romanas em Stabiae, próximo ao parque arqueológico principal de Pompéia, foram devolvidos. Esses fragmentos haviam sido extraídos durante escavações ilegais na década de 1970 e posteriormente exportados.

Durante uma investigação mais ampla sobre o tráfico ilícito de objetos arqueológicos em 2020, os fragmentos foram rastreados e descobriu-se que haviam sido adquiridos por comerciantes de antiguidades americanos, suíços e ingleses nos anos 90.

Além disso, houve diversos casos de turistas que furtaram relíquias de Pompeia apenas para se arrependerem anos depois e devolverem os itens acompanhados de cartas de desculpas. Em 2020, uma canadense enviou fragmentos pilhados afirmando que os objetos estavam amaldiçoados e causaram anos de má sorte.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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