Navio humanitário com Greta Thunberg é interceptado por Israel

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Em meio aos recentes eventos em torno do conflito entre Israel e Gaza, onde milhares de pessoas vêm sofrendo com problemas de crise humanitária e escassez de alimentos, Israel interceptou um navio de ajuda com destino a Gaza neste domingo, 8. A bordo, estava Greta Thunberg e outros ativistas da Freedom Flotilla Coalition (FFC), incluindo o ator Liam Cunningham, a deputada francesa Rima Hassan e o brasileiro Thiago Ávila.
Conforme repercute a CNN Brasil, a FFC informou anteriormente que o exército israelense embarcou no "Madleen", o navio do grupo, que tentava entregar ajuda a Gaza. Já em publicação no X, o Ministério das Relações Exteriores de Israel escreveu: "Os passageiros devem retornar a seus países de origem".
Além disso, na madrugada desta segunda-feira, 9, a FFC publicou uma foto no Telegram em que os membros da tripulação podem ser vistos sentados dentro do barco, usando coletes salva-vidas e com as mãos erguidas, sem que qualquer soldado israelense apareça.
Em uma postagem anterior, a FFC ainda afirmou que o navio foi "atacado em águas internacionais", com drones que "cercaram o navio e borrifaram uma substância branca parecida com tinta. As comunicações foram bloqueadas e sons perturbadores estão sendo transmitidos pelo rádio".
Vale destacar que a FFC é uma organização que faz campanha contra o bloqueio israelense a Gaza, que também busca romper o cerco através de barcos. A tripulação estava no norte do Egito até a noite de domingo, aproximando-se lentamente da costa de Gaza.
Sabemos que é uma missão muito arriscada e sabemos que experiências anteriores com flotilhas como essa resultaram em ataques, violência e até mesmo mortes", disse Greta Thunberg no sábado, 7, à CNN.
Ação israelense
Apesar do grupo da FFC ter seguido avançando com direção à Gaza, Israel já havia prometido que impediria a chegada do barco, descrevendo-o como um "iate de selfies" que transportava "celebridades". "Dei instruções às Forças de Defesa de Israel para garantir que a flotilha ‘Madleen’ não chegue a Gaza", disse no domingo o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz.
Os primeiros sinais de ação militar israelense foram relatados ainda nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira. "Pouco tempo atrás, dois drones israelenses estavam sobre o Madleen da FFC e derramaram ou borrifaram algum tipo de substância química branca no Madleen. Agora, o Madleen parece estar cercado por comandos navais israelenses", disse Huwaida Arraf, organizadora da Freedom Flotilla, membro do comitê diretivo e advogada de direitos humanos nos EUA, à CNN.
Nas redes sociais, a ativista Yasmin Acar mostrou a substância branca no convés em uma transmissão ao vivo, dizendo que ela foi jogada na embarcação e, depois, que ela estava afetando seus olhos. Antes de encerrar a transmissão, Acar também disse que o exército israelense estava se comunicando com a embarcação.
O que o Ministério das Relações Exteriores de Israel disse posteriormente foi que o grupo "tentou encenar uma provocação midiática cujo único propósito era ganhar publicidade. Existem formas de entregar ajuda à Faixa de Gaza — elas não envolvem selfies no Instagram".


