Navio que homenageia ícone gay deve mudar de nome após ordem do governo Trump

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O governo Trump, em mais um movimento alinhado ao seu discurso conservador e de rejeição a políticas de diversidade, promoveu uma mudança polêmica nas Forças Armadas dos Estados Unidos.
O secretário de Defesa, Pete Hegseth, ordenou a substituição do nome do navio USNS Harvey Milk, que homenageia o político e ativista gay assassinado em 1978.
A informação foi revelada nesta terça-feira, 3, pelo site especializado Military.com, que teve acesso a um memorando do gabinete do secretário da Marinha, John Phelan. De acordo com o documento, a medida estaria em conformidade com os objetivos de Hegseth de "restabelecer uma cultura guerreira" nas Forças Armadas.
Segundo uma fonte do Departamento de Defesa citada pelo site, o momento da decisão foi calculado: o anúncio da mudança de nome ocorreu durante o mês do Orgulho LGBTQ+, o que reforça o caráter ideológico da ação.
Ainda conforme o Military.com, há indícios de que a Marinha esteja considerando alterar o nome de outros navios com homenagens similares. O Pentágono, por sua vez, não se pronunciou oficialmente sobre o caso, apesar dos pedidos de esclarecimento feitos por veículos como a AFP.
Quem foi Harvey Milk
Harvey Milk foi um dos primeiros políticos assumidamente homossexuais dos Estados Unidos. Antes de ingressar na política, serviu como mergulhador na Marinha em um período em que a homossexualidade era proibida entre os militares. Em sua atuação pública, teve papel fundamental na luta contra a discriminação por orientação sexual. Sua trajetória foi interrompida tragicamente quando foi assassinado a tiros por um ex-colega político, junto ao então prefeito de San Francisco, George Moscone.
Durante seu mandato, Donald Trump também adotou medidas para barrar a presença de pessoas transgênero nas Forças Armadas e desmantelou políticas de diversidade de gênero, argumentando que essas iniciativas enfraqueciam a liderança e a coesão militar.


