Novas Evidências Arqueológicas sugerem que a Guerra de Troia realmente aconteceu

Pesquisadores que trabalham nas escavações em Hisarlık, na Turquia, descobriram novos artefatos, incluindo pedras de fundas antigas, que podem confirmar que a Guerra de Troia foi um evento histórico e não apenas uma lenda.

A Agência Anadolu reporta que as escavações atuais estão concentradas em duas áreas conhecidas como Tróia 6 e Tróia 7, localizadas na província de Çanakkale.

A Guerra de Troia é uma das batalhas mais lendárias do mundo antigo, amplamente documentada na obra "Ilíada" do poeta grego Homero.

Embora muitos aspectos da narrativa de Homero tenham sido embelezados e mitificados ao longo dos séculos, historiadores têm questionado a veracidade dos eventos descritos. Recentemente, as escavações em Troia estão revelando indícios que sugerem a existência real desse conflito.

Na atual temporada de escavações, os arqueólogos descobriram vários artefatos datados da Idade do Bronze Tardia, um período que se acredita coincidir com a época da guerra.

Achados

Entre as descobertas estão pedras de funda com cerca de 3.500 anos, localizadas em frente a uma estrutura palaciana, indicando possivelmente a ocorrência de uma batalha significativa.

Nos últimos anos, os esforços para explorar o sítio de Troia aumentaram consideravelmente, embora a área já tenha atraído o interesse arqueológico desde os primeiros achados no século 19.

O projeto atual faz parte da Iniciativa "Legado para o Futuro" da Turquia e está focado na camada arqueológica que remonta ao século 13 a.C., supostamente durante a Guerra de Troia.

O professor Rüstem Aslan, líder da equipe de escavação da Universidade Onsekiz Mart de Çanakkale, compartilhou com o "Türkiye Today" os objetivos desta temporada: "Nesta fase do trabalho, buscamos alcançar a camada de destruição da Idade do Bronze Tardia, que acreditamos estar ligada à Guerra de Troia."

Embora escavações anteriores tenham revelado sinais de violência e destruição, Aslan observou que é desafiador estabelecer conexões diretas entre essas evidências e guerras antigas.

No entanto, trabalhos realizados nas décadas de 1930 e 1980 trouxeram à tona camadas queimadas, estruturas danificadas e esqueletos enterrados de maneira desordenada — todos os indícios que podem apontar para conflitos bélicos.

A equipe se concentra agora nos dois níveis identificados como Tróia 6 e Tróia 7. Segundo Aslan, essas camadas contêm ferramentas bélicas e restos humanos perturbados que poderiam sinalizar um confronto armado. "Encontramos as primeiras indicações dessas camadas na região entre a ágora, o palácio e as muralhas defensivas", explicou.