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O que se sabe sobre o crânio encontrado junto a carta em São Paulo
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O que se sabe sobre o crânio encontrado junto a carta em São Paulo

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Aventuras Na História
21/05/2025 13h43
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©Divulgação/Redes sociais
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A descoberta de um crânio humano à beira da Rodovia dos Imigrantes, em Cubatão (SP), ao lado de velas, um prato branco e uma carta assinada por "Sr. Caveira", levantou dúvidas e especulações sobre a origem e o contexto da cena. A Polícia Civil trata o caso como morte suspeita e aguarda os resultados da perícia para identificar a vítima e entender as circunstâncias da ocorrência.

O achado se deu no dia 6 de maio. A carta encontrada junto ao crânio data de 10 de abril e traz mensagens sobre proteção espiritual e orientações para manter segredo, além de uma possível referência à entidade Exu Caveira, cultuada em religiões afro-brasileiras. No entanto, líderes religiosos afirmam que a cena não condiz com os rituais legítimos dessas tradições.

Conforme informou o portal UOL, o material foi encaminhado ao Instituto Médico Legal de Santos, onde passa por exames antropométricos. A análise busca estimar sexo, idade, ancestralidade e causa provável da morte. A investigação está a cargo do 3º Distrito Policial de Cubatão.

Segundo o perito criminal Warley Freitas de Lima, a perícia começa com a análise detalhada do local onde o crânio foi encontrado, procurando evidências como manchas de sangue, objetos com impressões digitais ou qualquer vestígio que ajude a entender a dinâmica do fato. Técnicas como craniometria, análise odontológica e avaliação de fraturas podem fornecer pistas sobre a identidade da vítima.

Caso os métodos iniciais não sejam conclusivos, a equipe pode recorrer à reconstrução facial para tentar identificar o indivíduo. Se for possível extrair material genético, o DNA será comparado com o de familiares ou inserido em um banco nacional.

Preconceito

A descoberta também gerou discussões nas redes sociais, com interpretações equivocadas e comentários preconceituosos associando o caso a religiões de matriz africana.

Em resposta, a Fucesp (Federação de Umbanda e Candomblé do Estado de São Paulo) declarou que a cena não representa as práticas dessas religiões. "Jamais vi ou ouvi algo parecido em 50 anos de atuação. Isso não é prática da umbanda e nem do candomblé", afirmou o presidente Carlos Roberto Salun.

O caso também chamou a atenção do projeto Humanidade 21, coordenado pelo professor Everson Contelli, que pesquisa mortos não identificados no Brasil. Segundo Contelli, há milhares de pessoas sepultadas sem nome no país, e o episódio de Cubatão evidencia a necessidade urgente de políticas públicas e legislação voltadas à proteção desses casos.

"O crânio em Cubatão pode ter sido retirado de um cemitério ou indicar uma morte não registrada. Só a perícia poderá confirmar", concluiu o pesquisador.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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