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Plataforma cancela vaquinha para alpinista que resgatou corpo de brasileira na Indonésia
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Plataforma cancela vaquinha para alpinista que resgatou corpo de brasileira na Indonésia

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Aventuras Na História
30/06/2025 13h53
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Na última semana, um assunto que dominou as redes sociais e a mídia brasileira foi a tragédia no resgate de Juliana Marins, brasileira que caiu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, e passou quatro dias esperando por resgate — morrendo no local antes que autoridades fizessem algo por ela.

Embora Juliana não tenha sido resgatada a tempo, uma figura se destacou nos resgates do cadáver: Agam Rinjani. Montanhista e voluntário nas buscas, ele liderou a equipe de voluntários que tentou salvar a brasileira das encostas do vulcão.

Entre as principais razões para o resgate de Juliana ter sido mal-sucedido, está o mau tempo da região, além da falta de equipamentos adequados para os envolvidos no resgate. Por isso, após a repercussão do caso, uma vaquinha foi criada na plataforma Voaa para arrecadar dinheiro a Agam Rinjani para comprar novos equipamentos de resgate — mas, agora, a campanha foi cancelada.

O cancelamento foi anunciado na noite deste domingo, 29, pelo perfil Razões Para Acreditar no Instagram. O anúncio acompanhou ainda a justificativa para o cancelamento, que seria o fato de a vaquinha ter sido alvo de "ataques, ameaças, informações falsas e mensagens de ódio".

Vaquinha cancelada

Conforme repercute o UOL, quando a vaquinha foi encerrada, ela já tinha uma quantia impressionante no valor de R$ 522.305,53 arrecadados. No entanto, o que causou grande alvoroço foi a taxa de 20% da plataforma, que garantiria aos organizadores um total de US$ 104.461,11 das doações.

Inicialmente, a ação seria realizada sem mediadores, mas demandaria de transferência internacional. Vale mencionar que o indonésio chegou a recusar a ajuda financeira, pedindo apenas orações àqueles que quisessem ajudar, mas depois acabou aceitando-as — e as doações ficaram então concentradas na Voaa.

A plataforma reconheceu que a comunicação da taxa "poderia ser mais clara" aos interessados em doar, mas reforça que essa cobrança já estava exposta no site oficial, e é comum a todas as campanhas que ali são feitas. "Reconhecemos com humildade que, neste momento, a discussão em torno da 'Vaquinha do Agam' desviou a atenção da essência da campanha e, principalmente, da história que desejávamos apoiar", informa o comunicado.

Em seguida, a plataforma e a página reforçaram a importância da taxa, visto que o valor retirado das doações é revertido diretamente para a manutenção do site e dos funcionários. "Diferente de outras soluções do mercado, assumimos integralmente a curadoria, verificação, produção de conteúdo, comunicação estratégica, gestão jurídica e financeira, além do acompanhamento completo até o desfecho de cada campanha".

"Nosso objetivo jamais foi outro senão ajudar, por isso a Voaa e o Razões para Acreditar continuarão resguardando sua moral, ética e credibilidade, princípios que sempre nortearam nossa trajetória. Permaneceremos firmes em nosso propósito, realizando com seriedade um trabalho que há anos transforma milhares de vidas, conectando pessoas e gerando impacto positivo", conclui o comunicado. "Pedimos sinceras desculpas a todos que possam ter se sentido desconfortáveis, enganados ou desrespeitados".

Mesmo que o valor angariado com a vaquinha vá ser estornado aos doadores, seguidores e doadores desaprovaram o cancelamento nos comentários. "Preferem devolver o valor e não ajudar o Agam, do que abrir mão dos 20%", escreveu um internauta. "Isso prova que nunca foi pela caridade, e sim pelo lucro".

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