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Polícia encontra 381 corpos empilhados em crematório particular no México
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Polícia encontra 381 corpos empilhados em crematório particular no México

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Aventuras Na História
30/06/2025 14h15
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A polícia descobriu 381 corpos acumulados em um crematório particular em Ciudad Juárez, no norte do México, informou o Ministério Público de Chihuahua neste domingo, 29. Segundo as autoridades, o caso seria resultado de negligência dos responsáveis pelo estabelecimento.

“Foi feita a contagem geral. Preliminarmente, temos 381 corpos que não foram cremados”, disse Eloy García, coordenador de comunicação do Ministério Público, à agência AFP. De acordo com ele, os cadáveres estavam “empilhados, sem nenhuma ordem” em vários cômodos do crematório, “simplesmente jogados, de maneira indiscriminada, um sobre o outro, no chão.”

Todos os corpos estavam embalsamados e, em princípio, possuíam certificado de óbito, como exige o protocolo para tratamento de restos humanos. O Ministério Público suspeita que a maioria tenha sido velada e, depois, encaminhada para cremação e devolução das cinzas às famílias.

Como esses 381 corpos não foram cremados, em vez das cinzas deles, foi entregue outro material às famílias”, explicou o coordenador.

Diante da quantidade de corpos e da limitada capacidade de operação do local, as autoridades acreditam que alguns cadáveres podem estar ali há mais de dois anos. Para García, o caso decorre de “indolência e irresponsabilidade” dos donos do crematório. “Todos os negócios de cremação sabem qual é sua capacidade de cremação diária. E você não pode receber mais do que pode processar”, afirmou.

Um dos administradores do estabelecimento já se apresentou ao Ministério Público, que busca agora responsabilizar criminalmente os envolvidos. As autoridades não informaram se entre os corpos há vítimas da violência ligada ao crime organizado.

Casos semelhantes

Em março deste ano, outro caso semelhante chocou o México. Um local descrito como “campo de extermínio” foi encontrado em uma área isolada de Jalisco, durante buscas por pessoas desaparecidas. 

No Rancho Izaguirre, voluntários do grupo Guerreros Buscadores localizaram três fornos de cremação, restos de corpos queimados e centenas de objetos pessoais, como cerca de 400 pares de sapatos, roupas, malas, joias e diários, que seriam de vítimas sequestradas e mortas.

“Encontramos restos carbonizados, restos de corpos humanos carbonizados em sepulturas”, relatou Índira Navarro, do coletivo, à AFP. Também foram achados ossos, cápsulas de balas e carregadores. Segundo a polícia, o local teria funcionado como centro de treinamento para o crime organizado. Há suspeita de envolvimento do Cartel Jalisco Nueva Generación (CJNG), conforme divulgou a BBC.

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