Presa de mamute é descoberta por acidente em rancho nos Estados Unidos

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Recentemente, enquanto caçava veados no Rancho O2, um rancho privado no Texas, nos Estados Unidos, um caçador se surpreendeu com um achado ainda mais impressionante: uma presa de mamute.
A primeiro momento, o caçador pensou ter encontrado um simples tronco preso no chão; mas ainda assim, acionou a gerência da fazenda — que fica perto do Parque Nacional Big Bend — para averiguar o objeto. Então, Will Juett, gerente do rancho, contatou uma equipe de paleontólogos da Universidade Estadual Sul Ross (SRSU), no Texas, que confirmaram o que era aquele objeto.
Em comunicado, publicado na última terça-feira, 11, pela SRSU, Juett afirmou que seu bom relacionamento com o Centro de Estudos da Grande Bacia (CBBS) o estimulou a contatar os paleontólogos. Quem liderou a escavação, que contou com professores, estudantes de pós-graduação e até arqueólogos, foram Bryon Schroeder e Erika Blecha.
A presa estava bem na área de drenagem do leito de um riacho", comenta Schroeder no comunicado. "Percebemos rapidamente que não havia mais nada do esqueleto, apenas a presa isolada que havia sido separada do resto dos restos mortais do grande mamute".
Ao todo, conforme repercute a Revista Galileu, foram necessários quase dois dias para revestir a presa com tiras de estopa cobertas com gesso, para formar uma estrutura protetora em torno do objeto. Após isso, a presa foi transferida ao campus da SRSU, onde ainda será submetida a estudos mais aprofundados.

Animais do passado
Segundo o Live Science, os mamutes colombianos (Mammuthus columbi) — um primo distante dos famosos mamutes lanosos (Mammuthus primigenius) — viveram nas pradarias de onde hoje é o norte e centro do Texas até 11.700 anos atrás, segundo o site Texas Master Naturalists, da Texas A&M University.
Ainda assim, descobertas de restos de mamutes na região ainda são bastante raras. A última vez que uma presa do tipo foi encontrada por lá, por exemplo, foi em 1960.
Vale mencionar ainda que os mamutes colombianos inclusive coexistiram com os humanos, até que esses gigantes foram extintos, no fim da última era glacial. Até hoje, várias hipóteses tentam explicar a extinção, que vão desde mudanças climáticas até a caça por humanos e doenças.
Agora, com a presa de mamute em laboratório, os pesquisadores esperam realizar uma datação por carbono do objeto, a fim de determinar o quão antigo ela é. Com isso, espera-se descobrir mais sobre a megafauna antiga que habitou aquela região dos EUA, bem como seus hábitos e relações com outros animais e com a vegetação.
"Observar essa presa de mamute simplesmente traz o mundo antigo de volta à vida", conta Juett, por fim. "Não consigo deixar de imaginar aquele animal enorme vagando pelas colinas do rancho O2. Meu próximo pensamento é sempre sobre como nossos antepassados enfrentaram aquelas enormes presas com apenas ferramentas de pedra na mão!"


