Presidente da Colômbia sugere que 'máfia internacional' atuou em atentado no país

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou que uma "máfia internacional" pode estar por trás do atentado contra o senador Miguel Uribe, do partido de direita Centro Democrático. 

O parlamentar, que também é pré-candidato à presidência, foi baleado no sábado, 7, e permanece em estado crítico, segundo boletim médico divulgado nesta terça-feira, 10.

"Uma das hipóteses é que o autor do ataque pertença a uma máfia internacional", escreveu Petro na rede social X na noite da última segunda-feira, 9. Ele acrescentou que há "indícios muito fortes" que envolvem figuras de destaque tanto da oposição quanto da base governista.

Veja no Twitter

Lo dicho aquí en el trino de abajo, es casi toda la verdad, solo que se dijo algo que había dicho antes de la decisión de la plenaria de senado al suspender sus sesiones hasta el miercoles. Eso me hizo decir, que dado que significa prácticamente que ni consulta ni reforma laboral… https://t.co/8F056bq6mt

June 10, 2025

Ataque

Miguel Uribe, de 39 anos, foi atingido por três disparos, dois deles na cabeça, e está internado em uma unidade de terapia intensiva. Um adolescente de 15 anos foi detido no sábado, suspeito de ser o autor dos disparos. 

O jovem foi baleado na perna pelos seguranças de Uribe antes de ser capturado. A Promotoria aguarda sua recuperação para interrogá-lo.

De acordo com a procuradora-geral Luz Adriana Camargo, se o adolescente for considerado culpado, poderá ser condenado a até oito anos de prisão. Ela afirmou que o jovem pode ter sido recrutado por uma rede criminosa e possivelmente não conhece quem encomendou o crime.

No mesmo dia do ataque, a equipe de segurança de Miguel Uribe foi reduzida de sete para apenas três agentes, fato que o presidente classificou como "estranho". Petro também ordenou o reforço da proteção a líderes de direita, incluindo o ex-presidente Álvaro Uribe (2002–2010).

Outros planos?

Álvaro Uribe, que é figura central do partido Centro Democrático, afirmou nesta segunda-feira, 9, que recebeu informações da "inteligência internacional" sobre um possível plano para assassiná-lo, repercute o UOL.

Petro sugeriu ainda que o atentado pode ter sido uma retaliação ao combate do governo ao narcotráfico. Já o ministro da Defesa, Pedro Sánchez, apontou outras possíveis motivações, como uma tentativa de desestabilizar o governo ou um ataque direto ao Centro Democrático, legenda que tenta retomar o poder nas eleições presidenciais de 2026. As investigações seguem em curso, e as autoridades buscam identificar os mandantes do ataque.