Príncipe William justifica escolha do Brasil como sede do Prêmio Earthshot

O Brasil será o anfitrião da edição de 2025 do Prêmio Earthshot, uma das iniciativas globais mais relevantes na área de sustentabilidade. Criado em 2020 pelo príncipe William, por meio da Royal Foundation, o prêmio tem como missão identificar e impulsionar soluções inovadoras para desafios ambientais urgentes. A premiação está marcada para o dia 5 de novembro, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.

O Prêmio Earthshot reconhece iniciativas em cinco categorias: restauração da natureza, limpeza do ar, preservação dos oceanos, redução do desperdício e combate à crise climática. Cada vencedor recebe 1 milhão de libras esterlinas — o equivalente a mais de R$ 7,5 milhões — além de suporte estratégico e visibilidade internacional.

'Sabor brasileiro'

Segundo o príncipe William, a escolha do Brasil não foi por acaso. Em entrevista ao Jornal Nacional, ele afirmou que “o Brasil vai produzir o melhor e mais incrível Prêmio Earthshot que já tivemos”.

O Brasil vai produzir o melhor e mais incrível Prêmio Earthshot que já tivemos. É por isso que o escolhemos. Então, acho que a vibração, as pessoas, a energia, o país lindo... Não poderia deixar de ser o Brasil. Queremos que o Prêmio Earthshot seja genuinamente brasileiro, para que tenha realmente um sabor brasileiro. E estamos muito animados para ver a energia e o entusiasmo que serão trazidos para o prêmio.”

O vice-presidente do prêmio, David Fein, reforçou que uma das intenções originais era alternar regiões a cada ano para aproximar as soluções ambientais das comunidades locais. “Sabíamos que era hora da América do Sul”, disse à VEJA. “E o Rio surgiu como uma escolha natural”.

Para o prefeito Eduardo Paes, é um “grande privilégio” sediar o prêmio. “Essa prestigiosa iniciativa desempenha um papel crucial na transformação de soluções climáticas em realidade, oferecendo não apenas financiamento, mas também visibilidade global e apoio estratégico a projetos locais”, afirmou em coletiva. 

Já o diretor do Museu do Amanhã, Ricardo Piquet, vê forte alinhamento entre o propósito do prêmio e a missão do museu: discutir e projetar futuros sustentáveis em meio à crise climática. A preparação para o evento já está em curso. Paes e Piquet participam esta semana da Semana de Ação Climática de Londres, enquanto o país também se organiza para sediar, no mesmo mês, a COP30 em Belém.