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Recuo de geleira no Ártico russo revela antigo cemitério de baleias
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Recuo de geleira no Ártico russo revela antigo cemitério de baleias

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Aventuras Na História
24/07/2025 16h53
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16568010/original/open-uri20250724-34-4b4oiv?1753376404
©Divulgação/Instituto de Pesquisa Ártica e Antártica (AARI)
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Uma expedição científica à remota Ilha Wilczek, no Ártico russo, revelou um achado surpreendente: um cemitério de antigos ossos de baleia, exposto devido ao recuo acelerado de uma geleira. A descoberta foi feita por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Ártica e Antártica (AARI), da Rússia, durante uma missão para estudar o permafrost na região.

Utilizando imagens de satélite, a equipe identificou que a geleira da ilha se dividiu em duas partes nos últimos 20 anos, um processo que liberou vários quilômetros quadrados de terreno antes cobertos por gelo. "A camada de gelo da ilha se fragmentou de maneira extremamente rápida", afirmou o geólogo Nikita Demidov, do AARI.

O recuo expôs esqueletos de baleias, muitos deles surpreendentemente bem preservados. Os ossos mais próximos da geleira mantêm melhor conservação, enquanto os que estão à beira-mar mostram sinais de degradação, resultado de maior exposição às variações climáticas.

Segundo Demidov, a descoberta sugere um episódio passado de mudança abrupta do nível do mar, ocorrido nos últimos milhares de anos na região mais ao norte da Eurásia. O fenômeno observado na Ilha Wilczek está inserido em um quadro mais amplo: um estudo recente aponta que, desde o ano 2000, as geleiras globais perderam cerca de 5% de seu volume de gelo.

Impactos

A expedição russa, que opera a partir do navio quebra-gelo Professor Molchanov, seguirá até agosto e pode trazer novos dados sobre os impactos do aquecimento global no Ártico — e sobre os vestígios do passado que o gelo continua a revelar.

Segundo o 'Live Science', a revelação desses ossos de baleia não apenas fornece pistas sobre antigas mudanças ambientais, mas também destaca a rapidez com que o Ártico está respondendo às alterações climáticas modernas.

Especialistas alertam que o derretimento acelerado das geleiras não é um fenômeno isolado, mas parte de um colapso climático em andamento, com consequências diretas para o nível do mar e os ecossistemas marinhos. Além do valor científico, a descoberta levanta questões urgentes sobre a preservação de áreas vulneráveis e o impacto das ações humanas no equilíbrio natural do planeta.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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