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Relatório aponta corte no combustível como possível causa de queda de avião da Air India
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Relatório aponta corte no combustível como possível causa de queda de avião da Air India

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Aventuras Na História
12/07/2025 11h36
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16560183/original/open-uri20250712-35-5mtq97?1752320405
©Getty Images
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Um relatório inicial divulgado pelo Departamento de Investigação de Acidentes Aeronáuticos da Índia aponta que o fornecimento de combustível para os dois motores do voo AI171 da Air India foi interrompido segundos após a decolagem

O avião, um Boeing 787-8 Dreamliner, caiu em uma área residencial densamente povoada na cidade de Ahmedabad no dia 12 de junho, deixando 260 mortos — 242 passageiros e tripulantes, além de 19 pessoas em terra. Apenas um passageiro sobreviveu.

Falha 

Segundo o documento, os dois interruptores que controlam o fornecimento de combustível foram movidos para a posição de “corte” momentos após a decolagem, o que teria causado a parada quase imediata dos motores. 

A gravação da cabine captou um diálogo em que um dos pilotos questiona o outro sobre a ação. “Por que você desligou?”, pergunta um deles. A resposta: “Eu não desliguei”. Segundos depois, o avião começou a perder altitude rapidamente, e uma mensagem de emergência — “mayday, mayday, mayday” — foi enviada ao controle de tráfego aéreo.

Os investigadores não identificaram qual dos dois pilotos fez as declarações nem quem enviou o pedido de socorro. Também não há, até o momento, explicação para a movimentação dos interruptores de combustível, que possuem mecanismos de segurança para evitar acionamento acidental. 

Especialistas em aviação ouvidos pela imprensa internacional afirmam que os dispositivos não poderiam ser ativados involuntariamente, e não há indícios de falha técnica ou incêndio a bordo que justificasse o desligamento intencional dos motores.

O comandante do voo era Sumeet Sabharwal, 56 anos, piloto experiente com mais de 15 mil horas de voo e instrutor da própria companhia. O copiloto, Clive Kunder, tinha 32 anos e mais de 3.400 horas de experiência.

Perdas

O acidente, que destruiu cinco prédios e atingiu o refeitório de uma faculdade de medicina onde estudantes almoçavam, é o mais grave na Índia em quase 30 anos. O único sobrevivente, Vishwash Kumar Ramesh, cidadão britânico de 40 anos, escapou dos destroços por uma abertura na fuselagem. 

Do hospital, relatou aos jornalistas locais que o avião parecia “preso no ar” antes de colidir com um edifício. “As luzes começaram a piscar e, de repente, houve a explosão. Vi pessoas morrendo na minha frente. Não sei como sobrevivi.”

A Air India declarou que está colaborando com as autoridades indianas, mas preferiu não comentar à imprensa o conteúdo do relatório preliminar. A Boeing, fabricante da aeronave, também afirmou que segue prestando apoio à investigação.

Um relatório final com as conclusões completas sobre o acidente ainda pode levar meses para ser divulgado. Pela legislação indiana, um parecer preliminar deve ser publicado em até 30 dias após o ocorrido.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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